Coisas Boas da BaixadaEntrevistasNova Iguaçu

ComCausa entrevista Marcia Correa do Jeitão da Baiana 

Jeitão da Baiana já é referência na Baixada Fluminense e em todo o estado do Rio de Janeiro, o nome nasceu de um tabuleiro de acarajé que a Marcia Correa (Baiana) montava na praça da liberdade em Nova Iguaçu. Só aquele tabuleiro já não dava conta e tinha tanta gente querendo saber mais da culinária Baiana, e cresceu tanto, que ela abriu sua primeira casa do Jeitão da Baiana no bairro da California em Nova Iguaçu que tomou proporções enormes.  

Jeitão da Baiana acervo ComCausa

Jeitão da Baiana acervo ComCausa

Jeitão da Baiana acervo ComCausa

Jeitão da Baiana acervo ComCausa

 

 

 

Marcia Correa do Jeitão da Baiana veio morar na Baixada aos 8 anos com seus pais, mais precisamente em Olinda, aos 11 anos se viu obrigada a morar na rua, aos 15 anos ela foi acolhida por sua amiga e mãe, que mudou a sua vida. Marcia é formada em letras e gastronomia, para atender melhor seus clientes. Já teve grandes restaurantes, ganhou diversos prêmios e fez feiras de gastronomia, até que por problemas familiares perdeu boa parte do que havia conquistado, mas em meio ao turbilhão de coisas, como ela mesmo disse “Coloquei o tabuleiro de Acarajé na cabeça e voltei pra praça”.  

Apesar das dificuldades encontradas de logística, montar e desmontar a barraca, Baiana diz estar muito mais feliz hoje do que quando tinha grades restaurantes, hoje ela consegue cuidar de si mesma, é convidada constantemente para palestrar em colégios, órgãos municipais e estaduais e se mantem grata a tudo o que um tabuleiro de acarajé lhe deu. Baiana ressalta tudo o que a cidade de Nova Iguaçu lhe proporciona dizendo que “Se alguém me oferecesse um ponto na praia de Copacabana eu colocaria outra Baiana lá e não sairia de Nova Iguaçu”. 

Por fim a Baiana deixa a seguinte mensagem “Renasça, e para renascer, a gente tem que matar algo dentro da nós e deixar muita coisa ir embora, pra ter espaço para o novo, ter força, ter fé, disposição e principalmente gratidão, gratidão a tudo, até as coisas ruins, porque elas nos servem de trampolim, você transforma e melhora o que você faz, eu sou uma pessoa que consegui como fênix renascer das cinzas, eu não tive vida boa nem em casa, nem na rua, e nem no trabalho. Mas eu deixei tudo isso, não me abati e não trouxe nada para o coração, porque não serviria pra nada, e sou uma pessoa muito feliz, eu cheguei ao sucesso, o sucesso é você chegar aonde quer chegar, e eu cheguei. Sou grata ao tabuleiro de acarajé.”  

O Jeitão da Baiana fica aberto de quarta à sexta das 15h até às 21h na praça Rui Barbosa. E aos sábados e domingos na casa da Baiana. 

Acompanhe o Jeitão da Baiana pelas suas redes sociais: 

Facebook Jeitão da Baiana

Instagram jeitaodabaianaoficial  

Portal C3 | Comunicação de interesse público | ComCausa 

João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa