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Juíza e advogados de Jairinho discutem em interrogatório

A juíza e os advogados de Jairinho discutem durante audiência nesta segunda-feira (13), a discussão entre eles durou cerca de 30 minutos.

Após várias audiências do caso do menino Henry, finalmente nesta segunda, dia 13 de junho, foi feito novo interrogatório de Jairo Souza Santos Júnior, o Dr Jairinho, no 2º Tribunal Criminal de Justiça do Rio. Logo no inicio da sessão, houve uma tentativa de afrontar a juíza Elisabeth Machado Louro, quando os advogados do ex-vereador ficaram de pé durante o interrogatório: “Estou me sentindo afrontada, se não sentar, nós não vamos continuar” – afirmou a magistrada – “Achei tão deselegante e pobre, mas que não vou nem me manifestar. É mais uma manifestação misógina”. disse a Elisabeth Machado Louro.

Preso há mais de um ano, Jairinho foi ouvido pela segunda vez. Ele e Monique Medeiros são réus pela morte de Henry Borel. A mãe do menino está em regime domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica desde 4 de abril.

Em depoimento, Jairinho questionou mais uma vez o laudo oficial feito pelo perito Leonardo Tauil. Ele explica que um dos laudos consta que Henry teve uma laceração hepática de grau 6, massiva, mas no sétimo laudo, descreve um lesão no órgão de 4cm de 1 a 2 cm de profundidade, o que corresponderia a uma lesão de grau 2, cujo tratamento, segundo Jairinho, seria repouso.

“Eu não fiz isso. Sou uma pessoa incapaz de gritar com os meus filhos”, disse Jairinho, mais uma vez, negando envolvimento na morte de Henry.

A expectativa dos familiares do menino é que depois de ouvir o ex-vereador, a juíza Elizabeth Machado Louro, decidirá se Monique e Jairo irão para júri popular. “Após essas audiências, vai acontecer a sustentação dos advogados e na sequência a pronúncia ou não da juíza”, diz Leniel Borel, pai de Henry.

Após este interrogatório, será aberto prazo de cinco dias para o Ministério Público, o mesmo período em seguida, para os advogados assistentes da acusação, e as defesas de Monique e Jairinho, para ara os pedidos de providências antes do julgamento e a apresentação das chamadas alegações finais, onde cada um vai apontar os últimos argumentos à juíza que vai decidir se eles vão a júri popular.

Meu filho foi uma vítima fatal da alienação parental

Na audiência da instrução do caso, no Tribunal de Justiça do Rio de janeiro no último dia 09 de fevereiro, Leniel falou que lutará todos dias por justiça pelo filho: “Gastarei todas as forças e recursos que eu tiver para que seja feita a justiça”. Leniel coutou que Monique tinha ameaçado fazer denuncia na lei Maria da Penha para afasta-lo do filho caso ele continuasse questionando o medo da criança dela e de Jairinho. “Eu sou vítima de alienação parental e meu filho é uma vítima fatal”, disse Leniel Borel.

Mãe e ex-vereador acusados são os acusados da morte de Hanry

Segundo o Ministério Público do Rio, o ex-vereador do Rio de Janeiro, o médico Dr. Jairinho, namorado de Monique Medeiros, mãe de Henry, agredia o menino com chutes e pancadas na cabeça. Atitude era de conhecimento de Monique e de sua família conforme contou Henry Borel, pai do menino. A violência vinha acontecendo desde que o casal passou a morar juntos e na madrugada do dia 07 para 08 de março, o menino foi levado para o hospital, mas já chegou morto, Henry tinha quatro anos.

O laudo médico apontou que a criança teve hemorragia interna e “laceração hepática, provocada por ação contundente”, e que o corpo da criança apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões que indicam traumas anteriores à morte. No dia 8 de abril de 2021, Jairinho e Monique foram presos acusados de homicídio triplamente qualificado.

Jairinho e Monique caso Henry

Monique e Jairinho são réus no processo sobre a morte do menino Henry Borel.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa