Polícia Militar realiza trabalho social em instituições da Baixada
O sargento da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Fabrício Sena Ferro gosta mesmo é de ser reconhecido pelo nariz vermelho e pelas roupas coloridas como Palhaço Papito, marcas de sua verdadeira identidade nos projetos sociais que desenvolve em escolas e abrigos da Baixada Fluminense.
Seu amor pela arte o levou a criar o Locomotiva da Baixada, um coletivo de músicos e artistas circenses que desfila durante o carnaval pelas ruas de Duque de Caxias. Antes da pandemia, o grupo chegava a realizar até cinco visitas por mês, incluindo casas de apoio a pessoas com deficiência. Todos devidamente paramentados como suas fantasias de palhaços, heróis e vilões.
“Percebi que as pessoas se aproximavam de mim através da música e isso me cativou. Enxerguei ali a oportunidade de levar alegria para as crianças e passei a me fantasiar de palhaço. Também foi uma maneira de expandir a cultura para além das ruas de Duque de Caxias, uma região que ainda carece de incentivo artístico Em alguns abrigos até os adultos viram eternas crianças. Mas, na verdade, todos são meus super-heróis”, diz o sargento de 42 anos.
A superintendente de Atenção Psicossocial e Populações em Situação de Vulnerabilidade da Secretaria de Estado de Saúde, Karen Athié, explica a relevância dessas ações. “Atividades lúdicas são muito importantes para o desenvolvimento da infância e adolescência, principalmente quando falamos de saúde mental. Duque de Caxias conta com um Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil que acompanha essas ações, fica no Centro do município”, ressalta.
Para o Palhaço Papito, a verdadeira locomotiva que o inspira é o sorriso de uma criança a cada surpresa tirada da cartola. “O palhaço está sempre feliz, é isso que eu procuro todos os dias, levar alegria para essas crianças, estou com saudade disso”, finaliza.
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Laura Machado graduanda em jornalismo pela UERJ e colaboradora da ComCausa.
