Expansão das candidaturas transgênero nas eleições de 2024
As eleições municipais de 2024 marcam um avanço significativo para a representatividade transgênero no Brasil. De acordo com dados da ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), este ano registrou um número recorde de 938 candidaturas transgênero, distribuídas entre os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Esse número expressivo reflete o crescente protagonismo da população trans nas esferas políticas, representando um terço das candidaturas LGBTQIAP+, que totalizam aproximadamente 3.100 em todo o país.
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Dentro dessas 938 candidaturas, observa-se uma rica diversidade étnica e de gênero. Das pessoas que concorrem, 394 se identificam como de etnia preta, 337 como branca, 191 como parda, 9 como indígena, 2 como amarela e 5 não informaram sua etnia. Quanto ao gênero, 675 candidaturas são de pessoas que se identificam como mulheres e 263 como homens. É importante destacar que pessoas não-binárias não foram contabilizadas neste levantamento específico.
Essas candidaturas transgênero estão disputando diferentes cargos nas eleições municipais: são 8 candidaturas para prefeituras, 10 para vice-prefeituras e 920 para câmaras municipais.
“Ver o aumento expressivo de candidaturas transgênero nas eleições municipais de 2024 é um sinal de que estamos avançando na luta por representatividade e direitos, apesar de todos os retrocessos dos últimos anos. É fundamental que essa diversidade chegue aos espaços de poder, pois só assim conseguiremos construir uma sociedade com mais humanidade”, afirma Adriano Dias, jornalista e fundador da ComCausa. “A presença de mais pessoas trans nos espaços de decisão política é fundamental para a promoção de políticas públicas que atendam às necessidades específicas dessa população e para o fortalecimento da democracia”, conclui.
O crescimento expressivo dessas candidaturas reforça a importância de um voto consciente e representativo. Esse avanço é um reflexo da contínua luta por representatividade e direitos dentro de uma sociedade que historicamente marginalizou essa população.
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