Caso Gabriel Santos: MP pede manutenção da prisão preventiva de PM que matou jovem
Na última terça-feira, 27 de agosto de 2024, a 2ª Promotoria de Justiça junto à 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu encaminhou uma solicitação formal pedindo a manutenção da prisão preventiva do policial militar Alan Mendes Rocha. Ele é acusado de atirar e matar Gabriel Pereira dos Santos, um jovem de 24 anos, durante uma abordagem policial que teve um trágico desfecho. O caso gerou uma onda de comoção e indignação, reacendendo debates sobre a violência policial na região.
Segundo o relato de Rosimar, pai de Gabriel, o jovem havia saído de casa na manhã do incidente para levar sua noiva ao trabalho. No caminho de volta, decidiu empinar a moto em uma via pública. Nesse momento, o sargento PM Alan Mendes Rocha, que estava em uma barraca de pastel próxima, avistou a ação do jovem e iniciou uma abordagem que culminou com o disparo fatal que tirou a vida de Gabriel.
O documento oficial do Ministério Público, assinado pela promotora Gabriela Baeta Mello, destaca inconsistências significativas no relato apresentado pelo policial militar e nas provas colhidas até o momento. A promotora enfatizou a necessidade de manter Alan Mendes Rocha sob custódia, recomendando que, caso a prisão preventiva seja mantida, ele seja transferido para o Batalhão Especial Prisional (BEP), onde deverá receber tratamento psicológico e psiquiátrico. A promotoria também solicitou que o policial seja mantido em local separado dos demais presos, caso já esteja em uma unidade da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), para garantir sua segurança.
Protestos tomam conta de Nova Iguaçu após a morte do jovem motociclista Gabriel Pereira dos Santos, baleado por um policial durante uma abordagem. Investigação em curso e tensão na Baixada Fluminense. #NovaIguaçu #Justiça #BaixadaFluminense pic.twitter.com/llUsIjCwQZ
— Adriano Dias (@adrianodias_rio) August 18, 2024
O caso segue sob investigação, com a Corregedoria da Polícia Militar avaliando a conduta do sargento durante a abordagem que resultou na morte de Gabriel. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pela investigação do homicídio, continua coletando evidências e ouvindo testemunhas para esclarecer os detalhes do incidente.
A tragédia que levou à morte de Gabriel Pereira dos Santos é mais um episódio que expõe as tensões e desafios enfrentados pelas comunidades da Baixada Fluminense em relação às abordagens policiais. A população local, juntamente com movimentos de direitos humanos, tem acompanhado o caso de perto, exigindo justiça e a devida responsabilização dos envolvidos.
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