Brasil

Câmara aprova aumento de penas para feminicídio e outros crimes contra a mulher

A Câmara dos Deputados aprovou nesta semana um projeto de lei que endurece significativamente as penas para crimes de feminicídio e outros delitos cometidos contra mulheres. De acordo com o texto aprovado, a pena mínima para assassinatos motivados por violência doméstica ou discriminação de gênero será de 20 anos de reclusão, podendo chegar a 40 anos nos casos mais graves.

Essa medida representa uma resposta mais severa aos crimes de feminicídio, que têm registrado números alarmantes no Brasil. O projeto também inclui agravantes que aumentam a pena em até um terço em situações específicas. Entre os agravantes, estão casos em que a vítima esteja grávida ou tenha dado à luz nos últimos três meses, além de crimes cometidos contra mulheres menores de 14 anos, maiores de 60 anos, ou realizados na presença de filhos ou pais da vítima.

Proteção das mulheres e combate à violência de gênero

O endurecimento das penas visa combater de maneira mais rigorosa a violência de gênero, especialmente os casos de feminicídio, que têm sido uma preocupação crescente no país. O Brasil tem enfrentado índices alarmantes de violência doméstica e homicídios de mulheres, motivados por questões de gênero e discriminação. Com o novo texto, o legislador busca garantir maior punição aos autores desses crimes, como forma de prevenir novos casos e dar uma resposta à sociedade.

A proposta de aumento de penas é vista como um avanço nas políticas de proteção às mulheres, uma vez que a legislação atual muitas vezes é considerada branda diante da gravidade dos crimes. A expectativa é que a aplicação de penas mais rígidas funcione como um desincentivo para potenciais agressores.

Agravantes e impacto da nova legislação

Entre os principais pontos do projeto está o aumento da pena em um terço em situações onde a vítima esteja em situações vulneráveis, como gravidez, puerpério, idade avançada ou ainda menor de 14 anos. O agravante também será aplicado em casos em que o crime seja cometido na frente de familiares diretos, como filhos ou pais da mulher, visando coibir ainda mais a violência doméstica.

Com a aprovação na Câmara dos Deputados, o projeto segue agora para a sanção presidencial. Caso sancionado, as novas regras entram em vigor imediatamente, e já podem ser aplicadas a crimes cometidos após a vigência da lei.

O endurecimento das penas visa combater de forma mais severa a violência de gênero no país, ampliando a punição para os crimes de feminicídio, que têm sido uma preocupação crescente no Brasil. Com a aprovação na Câmara, o projeto segue agora para a sanção presidencial, caso seja sancionado, as novas regras entrarão em vigor imediatamente.

A aprovação do projeto coincide com a intensificação de campanhas nacionais contra a violência de gênero, como a Brasil Sem Misoginia, que busca sensibilizar a sociedade e mobilizar ações para combater a misoginia e a violência contra mulheres.

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Débora Barroso

Jornalista comunitária e colaboradora da ComCausa.