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Arte de Japeri é representado em filme

Neste mês de maio estreitou o documentário “Onde nasce a arte em Japeri?”.

Lançado no Espaço Cultural Código, o documentário tem 60 minutos de duração, o filme “Onde nasce a arte em Japeri?” conta a história de seis artistas de Japeri, na Baixada Fluminense, e aborda questões como falta de políticas públicas culturais, motivações para a produção artística e propostas para fomento à cultura na cidade. o elenco conta com Carol França, Lucas Costa, Eleguá, Gilza Rosa, Miriam Pontes e Everson Dy. 

Participam do filme representantes do teatro, capoeira, artesanato, música, poesia e dança. Eles falam sobre suas dores, realizações e sonhos para Japeri, apontando o que acreditam ser o caminho e quais entraves devem ser superados para que a arte floresça na cidade. “Japeri é um celeiro cultural. Não adianta você só injetar dinheiro, você tem que valorizar o artista”, afirma Eleguá, uma das entrevistadas. 

É o segundo filme que Patrick Lima realiza na cidade. Em 2017 foi sua estreia com “O Negro em Japeri”, documentário que aborda o racismo e a cultura afro-brasileira pela ótica dos japerienses. Para ele, trazer pautas como estas em seus trabalhos é necessário para romper estigmas e a velha narrativa de que em Japeri só tem violência e retrocesso. “Na cidade existem potências, que muitas vezes são desconhecidas pelos próprios moradores da região e ganham visibilidade somente em outros locais. Queremos mudar isso”, conclui.

O projeto é fruto do Edital de Fomento à Produção Cultural Mestre Irani, através da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, uma realização do Conselho Municipal de Cultura, Secretaria Municipal de Cultura, Prefeitura Municipal de Japeri, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal. 

 SINOPSE:

Como é viver de arte em uma cidade onde o artístico não floresce sem os esforços dos próprios artistas? Quais as motivações, ideais e buscas desses agentes que não se deixam vergar pela escassez de investimentos no setor cultural, pelo desinteresse muitas vezes dos seus próprios conterrâneos e os entraves para se atingir pessoas e lugares? 

Além dos palcos, praças, bares, trens e outros locais transformados em ambiente fértil para se perpetuar a arte, o documentário investiga o íntimo de cada uma dessas pessoas para entender como o fazer artístico perpassa suas existências e resistências. 

 A dreção e Roteiro é de Patrick Lima; com assistência de direção de Ivan Lima Aguilar e produção executiva de Filippe Vaz.

Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa