Caso do menino Joaquim Pontes completa 10 anos

O menino Joaquim Ponte Marques foi encontrado morto após desaparecer da casa onde morava em Ribeirão Preto — Foto Reprodução

No dia 4 de novembro de 2013, a cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, foi palco de uma tragédia que chocou a população. Naquele dia, o pequeno Joaquim Ponte Marques, de apenas 3 anos, desapareceu de sua casa, levando a uma busca intensa que mobilizou a comunidade local e as autoridades. O desfecho desse caso, no entanto, se mostrou ainda mais perturbador do que se poderia imaginar.

Segundo as investigações conduzidas pela Polícia Civil, Joaquim foi vítima de uma ação cruel e fatal. Guilherme Raymo Longo, então padrasto da criança, teria injetado uma quantidade chocante de insulina no menino enquanto ele dormia. A tragédia ganhou ainda mais contornos sombrios quando se descobriu que o corpo da criança foi posteriormente jogado em um córrego nas proximidades da residência do casal na época.

O caso Joaquim Ponte Marques começou a se desenrolar em 2013, quando a criança desapareceu, levando sua mãe, Natália Mingoni Ponte, e seu padrasto, Guilherme Raymo Longo, a acionarem a Polícia Militar no dia seguinte para reportar o sumiço do menino. A busca mobilizou a comunidade local, mas a esperança de encontrar Joaquim com vida logo deu lugar a uma triste descoberta.

Cinco dias após o desaparecimento, o corpo de Joaquim foi encontrado em um córrego do Rio Pardo, na cidade de Barretos, a cerca de 150 quilômetros de Ribeirão Preto. Surpreendentemente, o corpo não apresentava sinais de violência aparente, levando a crer que a criança já estava sem vida quando foi jogada no córrego. No entanto, exames do Instituto Médico-Legal (IML) revelaram um detalhe chocante: Joaquim havia sofrido uma overdose de insulina, com mais de 160 doses da substância em seu organismo.

O crime chocou a cidade e levantou diversas questões sobre o que teria motivado um ato tão terrível. Natália Mingoni Ponte e Guilherme Raymo Longo negam veementemente qualquer envolvimento na morte do menino, o que torna a investigação ainda mais complexa.

A investigação da Polícia Civil apontou que a tragédia ocorreu na noite de 4 de novembro de 2013. Naquela ocasião, Joaquim estava no quarto da mãe do padrasto, assistindo a desenhos no celular. Natália, exausta e cuidando de um recém-nascido de apenas quatro meses, adormeceu, deixando o menino sob os cuidados de Longo. O padrasto tentou acalmar Joaquim para que ele também dormisse, mas o choro da criança o levou a levá-lo para o próprio quarto.

Foi nesse momento que, segundo a polícia, Longo injetou 166 doses de insulina no menino, que nem mesmo acordou durante o procedimento. Uma mamadeira foi dada a Joaquim, e ele adormeceu. A investigação aponta que a insulina teria sido o instrumento usado para tirar a vida do menino de forma silenciosa e trágica.

O desfecho trágico da busca por Joaquim Ponte Marques, uma criança indefesa de apenas 3 anos, evidencia a crueldade que pode existir em casos de violência doméstica. A sociedade aguarda ansiosamente por mais esclarecimentos sobre esse terrível crime à medida que novos exames são realizados pelo IML nos próximos 30 dias, na tentativa de lançar luz sobre os detalhes que cercam a morte do garoto. O caso Joaquim serve como um lembrete sombrio da necessidade de proteger as crianças e garantir que casos de violência não fiquem impunes.

Caso Joaquim: Após uma década, Padrasto é Condenado a 40 Anos de Prisão por Matar Menino com Mais de 160 Doses de Insulina.

Uma década após a chocante morte do pequeno Joaquim Ponte Marques, um desfecho finalmente foi alcançado no caso que comoveu o Brasil. Nesta semana, Guilherme Raymo Longo, padrasto da criança, foi condenado a 40 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado. A sentença foi baseada em agravantes como motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel. Enquanto o padrasto enfrentará a prisão, a mãe de Joaquim foi absolvida.

O julgamento de Guilherme Raymo Longo, padrasto de Joaquim, se estendeu por vários anos devido à complexidade do caso. As investigações revelaram um quadro de abuso infantil e negligência, culminando na morte trágica do menino. Durante o julgamento, o Ministério Público sustentou que Longo havia ministrado as doses letais de insulina a Joaquim, resultando em sua morte.

A decisão do júri foi baseada em evidências contundentes apresentadas no tribunal, incluindo testemunhos de especialistas médicos que confirmaram a causa da morte de Joaquim e a quantidade excessiva de insulina em seu corpo. Além disso, depoimentos de testemunhas, registros médicos e relatos detalhados sobre o comportamento abusivo de Longo contribuíram para a condenação do padrasto.

A condenação de Guilherme Raymo Longo a 40 anos de prisão em regime fechado foi recebida com alívio pela família de Joaquim e por muitos que acompanharam o caso de perto. Após uma década de incerteza e angústia, finalmente, a justiça foi feita em nome do menino que teve sua vida tragada de forma tão cruel e injusta.

É importante notar que, no mesmo julgamento, a mãe de Joaquim foi absolvida das acusações que pairavam sobre ela. A decisão do tribunal reconheceu que ela não tinha conhecimento do abuso e da negligência perpetrados por Longo e que, portanto, não poderia ser responsabilizada pela morte de seu filho.

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