Rio de Janeiro

Morre segundo policial do Bope baleado em operação na Maré

Rafael Wolfgramm Dias, de 37 anos, policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), faleceu na noite deste domingo (16) no Hospital Federal de Bonsucesso, onde estava internado desde a última terça-feira (11). Ele foi ferido a tiros durante uma operação policial no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. Dias é o segundo policial morto em decorrência do confronto com criminosos na região. No mesmo dia da operação, o sargento Jorge Henrique Galdino Cruz, de 32 anos, também foi baleado e não resistiu aos ferimentos. Ambos os agentes foram levados ao Hospital Federal de Bonsucesso.

Segundo nota da Polícia Militar, os policiais estavam em patrulhamento buscando esconderijos de líderes criminosos quando foram atacados por homens armados. Wolfgramm, que fazia parte da corporação desde 2008, deixa esposa e um filho. Nos últimos dias, o Bope utilizou suas redes sociais para solicitar doações de sangue para o sargento. O batalhão agradeceu a todos que contribuíram.

A operação na Maré resultou em seis mortes, incluindo os dois policiais e quatro suspeitos. A Polícia Militar informou que a ação tinha como objetivo desmantelar uma quadrilha especializada em roubo de veículos nas principais vias expressas do Rio de Janeiro. Durante a operação, 24 suspeitos foram presos e cerca de 20 armas foram apreendidas, incluindo uma metralhadora .30, capaz de derrubar aeronaves.

A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro informou ter identificado duas pessoas que teriam disparado contra os policiais e está realizando buscas pelos criminosos.

Quem era o segundo policial do Bope morto em operação na Maré

Rafael Wolfgramm Dias ficou internado por seis dias após ser baleado durante ação policial na zona norte do Rio de Janeiro

O policial Rafael Wolfgramm Dias, 37 anos, morreu na noite do último domingo (16), depois de ter ficado internado por seis dias no Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro. Wolfgramm era sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro e foi baleado durante uma operação realizada no dia 11 no complexo da Maré. Na ocasião, outro policial, Jorge Henrique Galdino Cruz, também foi atingido e morreu.

Segundo a Polícia Militar, Wolfgramm entrou para a corporação em 2008. O policial entrou para o Bope em 2012. “Wolfgramm deixará uma linda história escrita durante sua trajetória no Bope. Neste momento de dor, nos solidarizamos com todos os familiares e amigos”, diz uma homenagem publicada pelo batalhão em uma rede social. O policial era de Itaguaí, na Baixada Fluminense. Ele era casado e deixa um filho menor de idade.

Em novembro de 2020, o sargento recebeu uma moção de louvor e reconhecimento da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A homenagem foi proposta pelo então vereador Major Elitusalem (PSC). “O homenageado é Policial Militar do Estado do Rio de Janeiro desempenha as funções que lhe são atribuídas com competência, profissionalismo e elevado espírito público. Por sua história de compromisso na prestação de serviços à população carioca, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou a presente proposição e a chancelou reconhecendo e registrando para a posteridade, o nome do 3ºSGT WOLFGRAMM como símbolo de respeito e admiração que muito nos honra laurear”, diz o texto que homenageou o policial.

Em 2021, ele recebeu o título de Cidadão Benemérito Itaguaiense.

Nas redes sociais, Wolfgramm fazia postagens relacionadas ao seu trabalho, aos esportes e ao seu time de coração, o Flamengo.

Desde que foi baleado durante a operação na Maré, parentes e amigos iniciaram uma corrente de orações pela vida do sargento. O Bope organizou pelas redes sociais uma campanha para doação de sangue para o colega.

“A lembrança que vou guardar de você é essa: Um cara alegre, que ia treinar todo dia e me dava oi. Um cara que tinha amor pela profissão, que amava a vida”, escreveu uma amiga de Wolfgramm.

Relembre a operação na Maré:

Operação da Polícia Militar na Maré resulta em prisões e apreensões e Sargento do BOPE morre em confronto

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa