A dor de cabeça, ou cefaleia, afeta cerca de 140 milhões de brasileiros e é considerada a sétima doença mais incapacitante do mundo. Mesmo assim, permanece pouco compreendida por grande parte da população. Buscando enfrentar esse desafio, a ComCausa lançou o projeto ComuniSaúde, uma iniciativa que visa ampliar o acesso à informação e ao atendimento básico de saúde nas favelas da Baixada Fluminense, com destaque para a conscientização sobre a cefaleia e sua relação com o bem-estar físico e mental.
O lançamento do projeto coincide com o Dia Nacional do Combate à Cefaleia, celebrado em 19 de maio, data criada para alertar sobre os diferentes tipos de dores de cabeça, como enxaqueca, cefaleia tensional e cefaleia em salvas, cada uma com causas e tratamentos distintos. O objetivo é ajudar a população a reconhecer os sintomas, buscar diagnóstico e evitar que a condição seja subestimada ou tratada de forma inadequada.
A iniciativa será implantada nas principais favelas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita, com apoio das secretarias municipais de saúde e instituições locais. A proposta do ComuniSaúde vai além da informação: pretende integrar os moradores no processo de mapeamento das necessidades da comunidade, promovendo ações educativas, rodas de conversa, mutirões de atendimento e acolhimento em saúde mental.
A cefaleia, embora comum, pode ter impacto direto na qualidade de vida e produtividade das pessoas, principalmente nas regiões periféricas, onde o acesso à saúde ainda é precário. A presença constante de dor pode ser sintoma de outras condições e, em muitos casos, está relacionada ao estresse, à ansiedade, ao sono irregular e até à desnutrição. Por isso, o ComuniSaúde também atua no fortalecimento das redes de apoio comunitário e no estímulo a hábitos saudáveis.
De acordo com especialistas, a chave para o controle das dores de cabeça está na informação e no tratamento adequado, que pode incluir o uso de medicamentos, mudanças no estilo de vida e terapias complementares. O projeto reforça a importância de procurar profissionais especializados, como neurologistas, diante de sintomas persistentes, e orienta sobre quando é necessário buscar atendimento.
Além do foco na cefaleia, o ComuniSaúde articula ações voltadas para a promoção da saúde mental, com escuta ativa e encaminhamentos para serviços públicos de referência. A proposta é tratar a saúde como um direito e uma construção coletiva, especialmente nos territórios mais vulneráveis.
A ComCausa, organização comprometida com a defesa da vida e da dignidade humana, acredita que a transformação social começa pela escuta das comunidades e pelo fortalecimento do cuidado com quem mais precisa. Ao unir educação, saúde e mobilização local, o ComuniSaúde se estabelece como um importante instrumento de combate às desigualdades e de valorização da vida nas favelas da Baixada Fluminense.
No mês de combate à cefaleia, o projeto convida moradores, lideranças comunitárias e profissionais da saúde a se engajarem em uma campanha inclusiva, acessível e transformadora. Afinal, reconhecer a dor é o primeiro passo para superá-la.
ComuniSaúde e o impacto nas favelas
O ComuniSaúde visa melhorar o acesso ao atendimento básico, promover saúde mental e fortalecer as redes comunitárias nas favelas da Baixada Fluminense. O projeto será implementado nas principais favelas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita, em colaboração com secretarias municipais de saúde e instituições locais. O envolvimento dos moradores será crucial para mapear as necessidades e garantir que a campanha atinja todos de forma inclusiva.
O lançamento da plataforma digital ComuniSaude.org.br também será parte importante do projeto, fornecendo informações detalhadas sobre os serviços de saúde disponíveis. A ComCausa também disponibilizará um número de telefone com aplicativos de mensagens para fornecer suporte durante a campanha, garantindo que a população tenha fácil acesso a orientações sobre os serviços de saúde.
Acesse: comunisaude.org.br
Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro
Desde 2021, mais de R$ 22 milhões foram investidos em projetos de saúde nas favelas cariocas, com apoio da Lei Nº 8.972/20 e do Fundo Especial da ALERJ. Instituições renomadas como a Fiocruz , IFF, UENF, UFRJ, UERJ, PUCRJ, SBPC, Alerj e Abrasco fazem parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com o objetivo de garantir que os serviços de saúde alcancem as áreas mais necessitadas.

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