Rio de Janeiro

Polícia investiga suposto envenenamento de crianças com bombom no Rio

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o caso de duas crianças que ingeriram bombons supostamente envenenados na comunidade Primavera, em Cavalcanti, Zona Norte do Rio. Ythallo Raphael, de 6 anos, morreu após ser levado à UPA de Del Castilho com sintomas graves. Outro menino, de 7 anos, segue internado em estado grave no Hospital Municipal Miguel Couto. Uma mulher em uma motocicleta é suspeita de ter oferecido os bombons. A polícia investiga o caso com base em relatos de testemunhas e aguarda exames toxicológicos.

Segundo o delegado Marcus Henrique Alves, da 44ª DP (Inhaúma), a principal linha de investigação envolve uma mulher em uma motocicleta, que teria oferecido o bombom a Ythallo. O menino dividiu o doce com o amigo, e ambos passaram mal logo após a ingestão. Um primo de Ythallo, que testemunhou o ocorrido, afirmou que a suspeita estava usando capacete e luvas e teria instruído o menino a pegar o bombom de sua bolsa.

Um laudo inicial de necropsia realizado no corpo de Ythallo revelou a presença de “partículas granuladas amarronzadas” no estômago da criança, o que levantou a suspeita de envenenamento, possivelmente com chumbinho, embora a Secretaria de Saúde ainda não tenha confirmado essa hipótese. O material será submetido a exames toxicológicos para confirmar a substância ingerida.

Condição das crianças

Ythallo chegou à UPA de Del Castilho em parada cardiorrespiratória e, apesar dos esforços da equipe médica, não resistiu. A outra criança foi transferida para o Hospital Municipal Miguel Couto, onde permanece internada em estado grave. Os meninos estudavam na mesma escola municipal, mas a prefeitura do Rio não divulgou o nome da instituição. Além disso, a Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) informou que realiza a desinsetização na escola a cada três meses, usando produtos que não contêm chumbinho.

A polícia agora trabalha para identificar a mulher suspeita e tenta recolher imagens de câmeras de segurança e depoimentos de outras testemunhas que possam ajudar a elucidar o caso.

Atribuições dos municípios na proteção e desenvolvimento de crianças e adolescentes

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa