O jornalista Tim Lopes, da Rede Globo, foi morto brutalmente por traficantes da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, em 2 de junho de 2002. Ele estava fazendo uma reportagem sobre um baile funk onde ocorriam crimes envolvendo drogas e menores de idade. Tim Lopes era conhecido por se disfarçar para denunciar situações de injustiça e violação de direitos. Ele já se passou por pedreiro, dependente químico e até Papai Noel em suas matérias.
Os criminosos desconfiaram da bolsa que ele usava na cintura, onde escondia uma microcâmera. Um dos seguranças do traficante Maurício de Lima Martins, o Boi, abordou Tim Lopes na Rua Oito, onde fica a boca-de-fumo e o baile funk. O jornalista foi levado à presença de Boi e André da Cunha Barbosa, o André Capeta. Ali, foi revistado e descoberta a câmera e os fios do microfone escondidos sob a camisa. Tim Lopes se identificou como repórter da Rede Globo, mas não tinha o crachá. O chefe do tráfico do Complexo do Alemão, Elias Maluco, ordenou que ele fosse levado para a Favela da Grota, seu reduto. Lá, Tim Lopes foi torturado e morto com golpes de espada japonesa por Elias Maluco e seus comparsas.
Até hoje, o julgamento dos responsáveis pelo crime é visto como um dos maiores processos do Judiciário fluminense. O processo foi concluído com 13 volumes.
A situação dos condenados
- Elias Pereira da Silva (Elias Maluco) – Morto em 2020 em uma cela do presídio federal de Catanduvas (PR)
- Claudino dos Santos Coelho (Xuxa) – Morto em 2013 numa troca de tiros com o Bope.
- Elizeu Felício de Souza (Zeu) – Está preso no Instituto Penal Vicente Piragibe.
- Reinaldo Amaral de Jesus (Cadê) – Está em liberdade desde 1º de dezembro de 2017.
- Fernando Satyro da Silva, o Frei – Está em liberdade de 22 de março de 2017
- Cláudio Orlando do Nascimento, o Ratinho – Em liberdade desde 17 de dezembro de 2020.
- Ângelo Ferreira da Silva, Primo – É considerado foragido por crime de roubo desde 2013.
| Projeto Comunicando ComCausa
| Portal C3 | Instagram C3 Oficial