O sucateamento e a recategorização da Reserva Biológica do Tinguá foi tema do ato na manhã do último domingo, 23 de Maio, na praça do bairro, no aniversário de 32 anos da Reserva, o encontro que deveria ser para o retorno da sede da Reserva, saindo de Teresópolis para Nova Iguaçu, ficou no emaranhado entre a recategorização e a ausência de gestão no Tinguá.
A atividade foi organizada pelo Movimento Pró-Reserva Biológica de Tinguá, SINDSAÚDE, Sindicato dos Petroleiros, Sind Bancários, Articulação de Mulheres Brasileiras, MNU, IAPAC, Casa da Cultura de São João de Meriti, Instituto EAE, ComCausa, entre muitos outros movimentos que reuniram – além de diversas instituições -, mas também personalidades políticas como Sérgio Ricardo – Instituto Baia Viva, Jorge Florêncio – da Casa de Cultura, Berriel do SindSaúde, Leci Carvalho do SEPE, entre outros.
Segundo o que foi exposto no ato, a ausência de fiscais do ICMBio na mudança da sede de Nova Iguaçu para Teresópolis, não contribuiu para o avanço, agora não há chefe lotado, nem há viaturas no aparelhamento, reduzida equipe de fiscais e demais servidores, ação que contribuiu para o aumento das agressões ambientais, construções ilegais, garimpo ilegal, ameaça na captação da água, caça predatória etc. são apenas alguns dos graves problemas da omissa gestão da Unidade. Na atividade houve também o lamento pela transferência do Dr. Júlio Cesar do Ministério Público Federal em São João de Meriti para outra subsede do órgão, já que tal quadro do MPF contribuía decisivamente para o controle social.
Para o ambientalista Ricardo Portugal há uma estratégia para desmobilizar o movimento ambiental em Nova Iguaçu, principal Cidade que originou a Reserva: “Unidade caminha para o abandono, fruto omissão do ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente, não dotando-a de estrutura para seu funcionamento”.
A REBIO Tinguá é classificada pela UNESCO (ONU) como Patrimônio Natural da Humanidade detém cerca de 26 hectares de terras, com mais de 32 fontes de água, fazendo divisa com Duque de Caxias, Petrópolis, Japeri, Miguel Pereira e Paulo de Frontin.
Texto: Cosminho Sigolis