O antigo porto de escravos Cais do Valongo, patrimônio mundial desde 2017, terá novamente um comitê de gestão participativo, que foi decidido pela visita da comitiva federal ao Cais.
A comitiva, formada pelas ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, e da Cultura, Margareth Menezes, além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, reafirmaram o compromisso de construir um museu em frente ao Cais do Valongo.
“A gente está aqui para reafirmar um compromisso com o povo preto, com a memória e a reparação que a gente tem nesse lugar, um lugar histórico”, afirmou a ministra Anielle Franco.
Um memorial será construído em um antigo armazém, que fica localizado em frente ao patrimônio, com recursos do BNDES. O Cais do Valongo foi revelado em 2011 durante as obras de revitalização da zona portuária. Durante o regime escravagista, mais de um milhão de escravos, provenientes da África, desembarcaram no Brasil pelo antigo cais, o que o tornou, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o maior porto receptor de escravos do mundo.
Tombamento pela UNESCO e pelo Estado do Rio
Após várias articulação, finalmente no dia 09 de julho de 2017 o Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu o Sítio Arqueológico do Valongo como Patrimônio Mundial da Humanidade. No mesmo ano, no dia de 11 de outubro, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) aprova a Lei 7.741 tornando o Cais do Valongo patrimônio da diáspora africana do estado do Rio de Janeiro.
“O local é um dos principais marcos da história africana no Brasil, e por isso deve ser preservado e visitado. Não deve ser esquecido o que aconteceu ali”, afirma o autor da lei, André Ceciliano.
Veja também:
https://portalc3.net/tombamento-cais-do-valongo/
| Portal C3 | Portal C3 Oficial | Comunicação de interesse público | ComCausa | Virtuo Comunicação