Sophia Jesus Ocampo, de 2 anos, morreu vítima de violência sexual e maus tratos pela mãe e padrasto, que tentaram criar versão para morte para se livrarem da prisão.
A mãe Stephanie de Jesus da Silva e o padrasto Christian Campoçano Leitheim da criança, de 24 e 25 anos respectivamente, foram presos e autuados homicídio qualificado por motivo fútil e estupro de vulnerável. No prontuário médico da vítima consta que ela já havia sido atendida 30 vezes na UPA, uma delas por fraturar a tíbia.
Na quebra de sigilo telefônico feita pela polícia mostrou que a mãe e o padrasto sabiam das implicações da morte da menina e tentavam criar uma história. “Inventa qualquer coisa, diga que ela caiu no parquinho”, escreveu Christian Campoçano Leitheim, padrasto da criança.
Na coletiva feita pela polícia, a delegada Anne Karine Trevisan, titular da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Expôs que a menina morreu entre 8h e 9h do dia 26 de janeiro, mas somente foi levada ao posto de saúde da Vila Nasser às 17h daquele dia. Neste período, o casal tentou criar a história que explicasse a morte.
Stephanie da Silva e Christian Campoçano foram indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil, pela condição do sexo feminino e pela vítima ser menor de 14 anos. No caso da jovem, mãe da criança, ainda foi imputada a omissão de socorro. O inquérito foi relatado e entregue ao Judiciário por conta do prazo legal, mas ainda está pendente de alguns laudos, segundo detalhou a delegada Anne Karine Trevisan.
Pai da menina tentou ficar com a guarda da filha
O pai menina Jean Carlos Ocampo, e o padrasto Igor Andrade e, o casal tentou obter a guarda da menina Sophia quando perceberam que a criança tinha marca pelo corpo. A mãe da criança praticava alienação parental e não respeitava as regras da guarda compartilhada.
Jean e Igor fizeram a primeira denúncia em janeiro de 2022 quando Sophia Ocampo chegou na casa deles com machucados nos dedos e arranhões pelo corpo, a criança foi levada ao conselho tutelar que os orientou a fazer um boletim de ocorrência. Segundo Jean, depois da denúncia, as agressões aumentaram.
Já em novembro 2022, um segundo Boletim de Ocorrência foi registrado após Sophia chegar na casa do pai com a perna quebrada. Segundo a mãe da criança foi por causa de um tombo no banheiro.
Todos os apelos de Jean Carlos Ocampo foram ignorados pelos órgãos que desceriam proteger a criança. Sophia morreu no dia 26 de janeiro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino, no Centro de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, após ser agredida e estuprada.
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