Nesta quarta-feira (04), a Corte Interamericana de Direitos Humanos anunciará a sentença referente à Chacina de Acari, um caso que há 34 anos segue sem resolução. O crime, que vitimou 11 adolescentes no município de Magé em 1990, está em julgamento pela Corte IDH desde outubro de 2023. A divulgação ocorrerá na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro, localizada no Centro, às 14h.
As vítimas, todas moradoras do bairro de Acari, na Zona Norte do Rio de Janeiro, desapareceram e seus corpos jamais foram encontrados. O crime é atribuído a um grupo de extermínio da Baixada Fluminense, supostamente formado por policiais militares. Até hoje, ninguém foi responsabilizado. Desde então, o movimento Mães de Acari tem lutado por justiça, enfrentando uma longa trajetória de desafios. Em 1993, três anos após a chacina, Edméa da Silva Euzébio, uma das fundadoras do movimento, foi brutalmente assassinada no Centro do Rio. Em abril deste ano, os quatro policiais acusados por sua morte foram absolvidos pela Justiça.
Em 2006, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos emitiu um parecer favorável às vítimas, recomendando ao Estado brasileiro medidas como apoio psicológico às famílias e um relatório detalhado sobre a atuação das milícias no Rio de Janeiro. No entanto, a ausência de ações concretas por parte das autoridades levou o caso à instância superior da Corte Interamericana.
A ComCausa acompanhará o evento e reforçará sua atuação na luta por justiça e pelos direitos humanos e integrará a Jornada de Direitos deste ano.
Acari 1990
O caso Acari é emblemático na denúncia das práticas de violência do Estado e na luta por respostas às famílias de vítimas de desaparecimentos forçados. Trinta e quatro anos após o crime, os familiares continuam enfrentando a impunidade e exigindo a responsabilização dos culpados.
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