Memória: Recém-nascido Davi

Caso do recém-nascido Davi filho de casal SEAP

A violência urbana deixou mais uma marca irreparável na Baixada Fluminense no início deste ano. No dia 2 de janeiro, um crime brutal ocorrido na Avenida Pelotas, no bairro Sarapuí, em Duque de Caxias, tirou a vida de Verônica Sabrina Sousa Silva, de 27 anos, seu esposo, o agente penitenciário aposentado José Carlos da Rocha, de 68 anos, e do recém-nascido Davi, que lutou por dias pela vida no hospital, mas não resistiu.

O casal foi surpreendido por criminosos armados durante um assalto. José Carlos, que dedicou grande parte de sua vida ao sistema penitenciário, reagiu à investida e foi alvejado por pelo menos cinco tiros, morrendo no local. Verônica, grávida de seis meses, foi atingida na cabeça e socorrida ao Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. No hospital, os médicos realizaram uma cesariana de emergência para tentar salvar o bebê. No entanto, Davi, que nasceu prematuro devido à gravidade dos ferimentos da mãe, não resistiu às complicações causadas pela violência.

Verônica e José Carlos estavam casados há três anos e planejavam um futuro juntos ao lado do filho. No momento do ataque, ela retornava da casa de sua mãe, localizada no bairro Parque Duque, e seguia para sua residência em Campos Elíseos. A violência da ação deixou outra vítima: Claudia Barreto Rezende, de 44 anos, foi baleada na mão enquanto esperava um ônibus no ponto próximo ao local do crime. Ela foi socorrida ao mesmo hospital e recebeu alta pouco tempo depois. Claudia relatou que o tiroteio durou cerca de quatro minutos, um período de terror para quem estava presente.

O caso gerou grande comoção e levantou mais uma vez a preocupação com a escalada da violência na Baixada Fluminense, uma das regiões mais afetadas pelo crime no estado do Rio de Janeiro. A ONG ComCausa, que atua na Defesa da Vida, lamentou profundamente mais essa tragédia e reforçou a necessidade de políticas públicas eficazes para combater a criminalidade.

A morte de Verônica, José Carlos e Davi é um reflexo da insegurança que aflige milhares de famílias. Enquanto a impunidade persistir e o poder público não implementar medidas concretas para conter a violência, histórias como essa continuarão a se repetir, deixando dor, luto e uma sensação de impotência entre os moradores da região.

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