No dia 15 de fevereiro, a comunidade global celebra o Dia Internacional do Câncer Infantil, com uma campanha colaborativa para aumentar a conscientização sobre o câncer infantil e expressar apoio às crianças e adolescentes que enfrentam a doença, aos sobreviventes e às suas famílias. O câncer infantil é uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes em todo o mundo. A cada ano, mais de 400.000 crianças são diagnosticadas com câncer, sendo que a região das Américas registrou, em 2020, 32.065 novos casos em crianças de 0 a 14 anos, sendo 20.855 desses casos na América Latina e no Caribe.
Crianças com câncer que vivem em países de baixa e média renda enfrentam enormes desafios no que diz respeito à detecção precoce, diagnóstico e acesso a tratamentos de qualidade, além de cuidados paliativos. Esses desafios resultam em taxas de sobrevivência mais baixas e representam uma ameaça significativa à coesão social, à prosperidade econômica e ao cumprimento das metas globais estabelecidas pela Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. A Iniciativa Global para o Câncer Infantil da Organização Mundial da Saúde (OMS) visa melhorar os resultados para crianças com câncer em todo o mundo, com o objetivo de dar a todas as crianças a melhor chance de sobreviver, viver uma vida plena e sem sofrimento.
No Brasil, o câncer é a principal causa de morte por doenças entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, representando 8% das mortes totais. Apesar de sua gravidade, os avanços nos tratamentos têm sido significativos. Hoje, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos por câncer podem ser curados, caso o diagnóstico seja precoce e o tratamento realizado em centros especializados. Tumores como leucemias, linfomas e os que afetam o sistema nervoso central são os mais comuns entre crianças e adolescentes. A detecção precoce é fundamental, por isso, é importante que pais e responsáveis fiquem atentos a sinais como perda de peso inexplicada, dores de cabeça intensas, febres recorrentes e alterações na visão.
A ComuniSaúde, em parceria com organizações locais e globais, se dedica a promover a conscientização sobre o câncer infantil, oferecendo apoio emocional e informações sobre o diagnóstico precoce e tratamentos. Acreditamos que a educação e o apoio às famílias são cruciais para garantir que mais crianças e adolescentes tenham acesso a cuidados médicos adequados. Estamos comprometidos com a defesa da vida e a promoção da saúde para todos, trabalhando para garantir que nenhuma criança seja deixada para trás no enfrentamento dessa grave doença. A conscientização é o primeiro passo para salvar vidas e garantir um futuro mais saudável para todos.
ComuniSaúde e o impacto nas favelas
O ComuniSaúde visa melhorar o acesso ao atendimento básico, promover saúde mental e fortalecer as redes comunitárias nas favelas da Baixada Fluminense. O projeto será implementado nas principais favelas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita, em colaboração com secretarias municipais de saúde e instituições locais. O envolvimento dos moradores será crucial para mapear as necessidades e garantir que a campanha atinja todos de forma inclusiva.
O lançamento da plataforma digital ComuniSaude.org.br também será parte importante do projeto, fornecendo informações detalhadas sobre os serviços de saúde disponíveis. A ComCausa também disponibilizará um número de telefone com aplicativos de mensagens para fornecer suporte durante a campanha, garantindo que a população tenha fácil acesso a orientações sobre os serviços de saúde.
Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro
Desde 2021, mais de R$ 22 milhões foram investidos em projetos de saúde nas favelas cariocas, com apoio da Lei Nº 8.972/20 e do Fundo Especial da ALERJ. Instituições renomadas como a Fiocruz , IFF, UENF, UFRJ, UERJ, PUCRJ, SBPC, Alerj e Abrasco fazem parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com o objetivo de garantir que os serviços de saúde alcancem as áreas mais necessitadas.
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