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DebatePapo Associação Caboclo Pena Branca

A ComCausa recebeu a Associação Caboclo Pena Branca de Tinguá para um DebatePapo com objetivo de colocar luz sobre as coisas boas da Baixada. 

A Associação começou no início da pandemia, criando um grupo de WhatsApp com reflexões da Mãe Tânia que eram gravadas e colocadas nas redes socias, esses vídeos foram atingindo dezenas de pessoas e tomando uma proporção tão boa que levou a criação do terreiro que hoje conta com 20 filhos. 

Apesar de existir uma preocupação com o uso das redes, e até mesmo com pessoas que atavam a religião, Mãe Tânia com apoio de seus filhos, de maneira leve usam essa ferramenta para levar amor e carinho as demais pessoas. Deste experiencia, na conversa o jornalista Adriano Dias da ComCausa enfatizou dizendo que “precisamos perder o constrangimento de usar as redes para dar luz para as coisas boas”. 

Durante muito tempo os Umbandistas e as religiões de matriz Africana no geral eram atacadas e são até hoje, Juliana uma das filhas da Mãe Tania lembra que, “o sincretismo religioso, e por vezes o que levava ela a dizer que é católica não praticante é, e era uma maneira de se proteger porque as religiões da matriz africana são criminalizadas”, Adriano Dias fundador da ComCausa lembrou que “até pouco tempo itens dessas religiões estavam com policia como objetos de crime”. 

Os dados de intolerância religiosa são alarmantes sobretudo com religiões de matriz Africana, de cada mil denúncias 59% são de religiões de Matriz Africana, na conversa Mãe Tania externou que muitas vezes ela tem receio de sair com pano na cabeça e guia no pescoço por causa dessa intolerância religiosa, e provocou perguntando “O que te faz fazer essa diferença? (descriminação religiosa) a religião ou a cor da pele?”.  

 Na Conversa a Mãe Tânia contou a história de como ela iniciou sua caminhada na Umbanda na baixada e a missão de acolher e partilhar a vida e o que tem com os que mais precisam. Ela conta que o terreiro tem a dinâmica de ficar aberto o dia inteiro, com as refeições, e que os filhos precisam trocar energias boas, tem estudo da religião, e as “rezas que precisam nascer do coração de cada um”.  Juliana completou dizendo que “o mais importante não e só recolher doações, é humanizar o filho na doação, por isso eles se preocupam em fazer caravanas para conhecer a realidade das pessoas que recebem as doações recolhidas, batendo de porta em porta pra conhecer abraçar e ajudar quem precisa”. Por fim a ComCausa agradeceu a encontro e abriu as portas pra ajudar no que for preciso na construção do bem comum. 

Conheça mais pelo Instagram Caboclo Pena Branca Tingua.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa