A Estação Guia de Pacobaíba, inaugurada em 1854, foi a primeira ferrovia do Brasil e marcou um importante capítulo na história do país. Além disso, a estação também é considerada a primeira estação de integração intermodal, uma vez que contava com um porto localizado próximo a ela e os passageiros chegavam até o local de barco a vapor, partindo do porto da Prainha, na Praça Mauá.
Em 1883, a estação ganhou ainda mais importância e fluxo de passageiros, quando a Estrada de Ferro Mauá venceu a subida da serra e chegou à cidade de Petrópolis. Em 1926, a ligação por barco foi desativada, uma vez que a conexão com o Rio de Janeiro foi concluída por trilhos, com a inauguração da estação Barão de Mauá. A partir daí, a estação passou a operar somente trens locais até a estação Bongaba.
Em 1945, a estação foi renomeada para Guia de Pacobaíba, nome da freguesia em que se encontra. Em 1954, cem anos após sua inauguração, a estação foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). No entanto, em 19 de dezembro de 1962, o trecho Guia de Pacobaíba – Bongaba foi desativado e a estação foi abandonada.
A data de inauguração da estação, 30 de abril de 1854, é considerada o Dia da Baixada Fluminense, uma vez que a estação foi um marco para a região. Em 2000, um grupo de intelectuais e artistas se reuniu na Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, da UERJ e FEBF/UERJ, em Duque de Caxias, e redigiu a Carta da Baixada, que deu início a um movimento para que a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovasse a proposta da Lei 3822 de 02 de maio de 2002, criando oficialmente no estado o Dia da Baixada e determinando sua comemoração obrigatória em todas as escolas da rede estadual de ensino público e em todas as repartições públicas estaduais da região.
Desde a década de 2000, vários movimento e instituições – entre eles a ComCausa – buscam promover iniciativas de potencializar os pressupostos deste dia.