O Dia Nacional da Baiana de Acarajé é comemorado anualmente em 25 de novembro. A data homenageia a importância histórica e cultural da figura da baiana do acarajé, nome dado às mulheres que se dedicam à produção e venda dessa iguaria típica da Bahia. Elas são memória histórica e afetiva da Bahia.
Antigamente, as mulheres escravizadas vendiam acarajé para comprar alforrias. Depois, as baianas iam para a rua para vender o acarajé para fazer suas obrigações nos terreiros, normalmente as filhas de Oiá. Com o passar do tempo, a venda de acarajé passou a ser fonte de renda para sustentar a família. Foi quando o acarajé foi para a rua ser comercial. No que se refere à religião e cultura, o acarajé é uma oferenda para Iansã e o abará é uma oferenda de Xangô. A indumentária das baianas, característica dos ritos do candomblé, constitui também um forte elemento de identificação desse ofício, sendo composta por turbantes, panos e colares de conta que simbolizam a iniciação religiosa das baianas.
A atividade de produção e comércio do acarajé, em tabuleiros que ainda se pode achar abará e cocadas – é predominantemente feminina e feita principalmente em espaços públicos como também nas festas de largo e outras celebrações que marcam a cultura da cidade.
Patrimônio Cultural
Em 4 de agosto de 2000, instituiu-se o registro do Ofício das Baianas de Acarajé como Patrimônio Cultural do Brasil, no Livro dos Saberes. Foi ato público de reconhecimento da importância do legado dos ancestrais africanos no processo histórico de formação de nossa sociedade e do valor patrimonial de complexo universal cultural.
Desde 2004, as baianas de acarajé são consideradas também Patrimônio da Humanidade pelo Instituto do Patrimônio e Artístico Nacional (IPHAN). Além desses títulos, em 2012, as baianas ainda foram reconhecidas como Patrimônio Imaterial da Bahia e Patrimônio Cultural de Salvador.
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