O governo do estado de São Paulo optou por renomear uma das estações finais da Linha 4-Amarela em tributo à educadora que perdeu a vida no ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em 27 de março passado. A estação adjacente à escola será agora conhecida como “Vila Sônia — Professora Elizabeth Tenreiro”.
Elizabeth Tenreiro, uma educadora de 71 anos que se aposentou como técnica do Instituto Adolfo Lutz em 2020, mas continuou a ministrar aulas de ciências, foi reconhecida como professora desde 2015 e começou a lecionar na Escola Thomazia Montoro neste ano.
Relembrando o incidente
Na manhã de 27 de março de 2023, um aluno do oitavo ano da Escola E.E. Thomazia Montoro, na Vila Sônia, com 13 anos, adentrou a instituição com uma faca e atacou quatro professoras e um aluno. Uma das professoras, Elisabete Tenreiro, de 71 anos, sofreu uma parada cardíaca e veio a falecer no Hospital Universitário da USP. Os outros três professores e o aluno ficaram feridos, mas se recuperaram.
As professoras conseguiram desarmar o agressor e segurá-lo até a chegada da polícia militar, que o levou ao 34° DP para registro do caso. Inicialmente, houve relatos de dois alunos feridos, mas um deles não apresentava ferimentos físicos, apenas choque, sendo atendido no local. A outra criança ferida sofreu um corte no braço e foi levada a um hospital local. De acordo com a mãe de outro aluno, ele tentou salvar uma das professoras e sofreu ferimentos leves.
A escola havia previamente relatado o comportamento preocupante do aluno nas redes sociais, compartilhando vídeos nos quais ele aparecia segurando armas de fogo e simulando ataques violentos.
Um boletim de ocorrência foi registrado em 28 de fevereiro na delegacia eletrônica, descrevendo a denúncia. O jornal Estadão teve acesso ao documento, que relatava que o adolescente enviava mensagens e fotos de armas aos colegas pelo WhatsApp, gerando medo entre os pais. Os responsáveis pelo adolescente foram convocados pela direção da escola em Taboão da Serra para tomar medidas apropriadas, mas se recusaram a comentar o atentado, expressando solidariedade à família da professora.
O garoto de 13 anos afirmou à polícia que planejava o ataque há dois anos, se inspirando no caso de Suzano, que resultou em 10 mortes. O coordenador de comunicação da Fundação Casa informou que o menor está sob custódia da instituição e comparecerá a uma audiência na Vara da Infância e Juventude na terça-feira seguinte.
O vice-presidente Geraldo Alckmin expressou seus sentimentos e orações à família da professora Elisabete Tenreiro, aos feridos e à comunidade da Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, afetada por esse trágico evento. Ele destacou a importância de um ambiente escolar seguro e pacífico, condenando manifestações de violência.
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