No dia 17 de março de 2024, a família de Lara Maria Oliveira Nascimento, junto com amigos, vizinhos e apoiadores, realizará uma manifestação em memória dos dois anos do trágico falecimento da jovem de apenas 12 anos. O evento será marcado por uma cobrança incansável por justiça, exigindo da polícia a localização e prisão do principal acusado, Wellington Galindo de Queiroz.
Em 16 de março de 2022, a comunidade de Campo Limpo Paulista (SP) foi abalada pela notícia do desaparecimento de Lara Maria Oliveira Nascimento. A mobilização intensa envolveu familiares, forças policiais e a população local, que se uniram nas redes sociais e na imprensa em busca da adolescente.
Três dias depois, a esperança se transformou em luto quando o corpo de Lara foi descoberto em uma área próxima à sua residência, apresentando sinais de violência. O laudo do Instituto Médico Legal indicou traumatismo craniano, resultado de pelo menos quatro golpes, possivelmente causados por um martelo ou picareta, além da presença de cal em seu corpo.
A investigação policial analisou mais de 5 mil imagens de câmeras de segurança, identificando Wellington Galindo de Queiroz como principal suspeito. Wellington tem histórico policial relacionado a tráfico de drogas, crime contra o patrimônio, associação criminosa e receptação.
Em 25 de março de 2022, a Polícia Civil pediu a prisão temporária do principal suspeito. De acordo com o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí (SP), Rafael Diório, as informações sobre o suspeito, que aparece em imagens de câmera de segurança dirigindo um carro prata próximo ao local onde a menina foi vista pela última vez, foram cruzadas através do sistema de inteligência da polícia.
Em 27 de março de 2022, uma comovente passeata em homenagem à adolescente foi realizada com cerca de 100 participantes. E em 28 de março de 2022, a Justiça decretou a prisão temporária de Wellington por 30 dias. Contudo, desde então, o suspeito está foragido, e informações indicam sua possível fuga para os estados da Paraíba ou Pernambuco. As autoridades policiais foram acionadas para auxiliar nas buscas.
Em 24 de maio de 2023, a Justiça marcou a primeira audiência sobre o caso Lara. O Ministério Público solicitou a antecipação das provas testemunhais, ressaltando a urgência em coletar depoimentos das testemunhas antes que o tempo comprometa suas memórias.
Família de Lara Nascimento enfrenta desafios após perda trágica
A morte de Lara deixou a família em luto, enfrentando desafios emocionais e financeiros. Luana Nascimento, mãe de Lara e dedicada ao ramo de venda de bolos, doces e decoração de festas, relata a dificuldade em retomar a rotina desde a perda da filha. Ela revela que não consegue sequer mexer nos utensílios que a adolescente costumava utilizar na cozinha. Já o pai da adolescente, igualmente abalado, teve que ser afastado do trabalho para lidar com o luto. O casal, que tem mais duas filhas, encontra-se em uma situação delicada financeiramente, contando com a solidariedade de amigos para sustentar a casa. Luana relata que a família planeja mudar-se da residência onde viveram por quase seis anos.
Dois anos sem solução
A família mantém a esperança de que a polícia localize e prenda o principal suspeito, proporcionando esclarecimentos cruciais para o desfecho deste trágico episódio. Consciente da importância da mobilização comunitária, a mãe de Lara, Luana Nascimento, convoca um ato marcante para o próximo dia 17 de março de 2024.
A manifestação, que terá início na Rua José Fracaolli 511, Jardim Nossa Senhora Aparecida, Campo Limpo Paulista, a partir das 13 horas, será um ato simbólico em memória à adolescente e um forte apelo por justiça. A comunidade de Campo Limpo Paulista aguarda por respostas e espera que esta mobilização contribua para acelerar a resolução deste caso que marcou profundamente a todos.
O desaparecimento e morte de Lara Nascimento trouxeram não apenas dor, mas impactos profundos na vida cotidiana da família, ressaltando a necessidade de apoio psicológico e solidariedade da comunidade. Enquanto a investigação continua em busca de respostas, a família luta para reconstruir suas vidas, enfrentando uma jornada de superação diante da tragédia que os assolou.
ACOLHER da ComCausa passou a acompanhar o caso
ComCausa foi entrou em contato com a mãe de Lara Maria e ofereceu apoio através do programa ACOLHER, criado para auxiliar familiares que vivenciam a dura realidade da violência. O ACOLHER vai além de palavras de conforto, aequipe acompanha o caso, permanecendo ao lado da família em todas as etapas do processo e a ComCausa também busca atuar na articulação com outros movimentos sociais, a imprensa e as autoridades. Essa colaboração é fundamental para garantir que:
- A voz da família seja ouvida.
- A verdade seja revelada.
- A justiça seja finalmente alcançada.
A ComCausa acredita que a união de esforços é fundamental para construir um futuro livre de violência.