A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em primeira votação, a inclusão de Edson Luís de Lima Souto no Livro dos Heróis e Heroínas do Estado. O reconhecimento, previsto no Projeto de Lei 606/2023, foi proposto pela deputada Dani Monteiro (PSOL). Para entrar em vigor, a medida ainda precisa de uma segunda aprovação em plenário antes de seguir para sanção ou veto do governador do Rio.
Edson Luís, estudante secundarista, foi morto pela polícia em 1968 durante a ditadura militar, tornando-se um ícone da resistência estudantil contra a repressão. “Tomou um tiro no peito por lutar”, afirmou Dani Monteiro. “Defendia a democracia, a educação e o direito à alimentação. Essa homenagem reconhece sua luta”, completou.
A proposta foi debatida em plenário com a participação de deputados como Carlos Minc (PSB) e Luiz Paulo (PSD), que testemunharam o episódio. “Vi o assassinato de Edson Luís. Os estudantes levaram seu corpo para onde hoje é a Câmara Municipal. Foi um crime brutal”, relatou Luiz Paulo. “Precisamos resgatar heróis anônimos que lutaram pela democracia”, acrescentou.
Carlos Minc relembrou a repercussão do caso. “O movimento estudantil cresceu. A frase ‘Mataram um estudante. E se fosse um filho seu?’ impactou a classe média”, disse. Ele também destacou que médicos impediram a remoção do corpo pelo regime, realizando a autópsia no local da manifestação.
A Lei 8.439/19 já havia instituído o dia 28 de março como “Dia Estadual da Juventude em Defesa da Democracia”, em memória do estudante.
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