A Semana de Saúde nas Favelas, promovida pela organização ComCausa, tem como objetivo discutir e implementar ações concretas para enfrentar os principais problemas de saúde que afetam as comunidades.
Entre as preocupações centrais estão as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: Dengue, Zika e Chikungunya, que seguem como grandes desafios sanitários, especialmente em regiões com falta de saneamento básico e abastecimento irregular de água.
Aedes aegypti e o impacto nas favelas
O Aedes aegypti se prolifera em locais com água parada, tornando as favelas ambientes propícios para sua reprodução devido às dificuldades estruturais dessas regiões. A ausência de escoamento adequado, descarte irregular de resíduos e armazenamento de água em recipientes descobertos são fatores que favorecem a disseminação do mosquito e, consequentemente, dessas doenças.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil registrou um aumento significativo nos casos dessas arboviroses nos últimos anos, sendo que regiões periféricas são as mais afetadas.
Sintomas e impactos na saúde
As três doenças apresentam sintomas semelhantes, mas possuem algumas características específicas:
- Dengue: febre alta (acima de 38°C), dores musculares intensas, dor nos olhos, manchas vermelhas pelo corpo, fadiga e, em casos graves, sangramentos.
- Zika: febre baixa, manchas avermelhadas pelo corpo, coceira, olhos vermelhos sem secreção e dor nas articulações. Essa doença é especialmente preocupante para gestantes, pois pode causar microcefalia no bebê.
- Chikungunya: febre alta, dor intensa nas articulações (principalmente pés e mãos), inchaço nas articulações e fadiga. Os sintomas podem persistir por meses, impactando a qualidade de vida do paciente.
Como prevenir?
Para evitar a proliferação do Aedes aegypti, é essencial:
- Manter caixas d’água e baldes bem fechados para evitar o acúmulo de água.
- Descartar corretamente resíduos que possam servir de criadouros, como pneus velhos, garrafas e vasos de plantas.
- Limpar ralos e calhas regularmente para evitar o acúmulo de água parada.
- Mobilizar a comunidade para fiscalizar terrenos baldios e denunciar focos do mosquito às autoridades de saúde.
A ComCausa reforça que a luta contra essas doenças depende do engajamento coletivo. Durante a Semana de Saúde nas Favelas, estamos promovendo ações de conscientização, mapeamento de áreas de risco e incentivando a população a buscar atendimento médico ao perceber os primeiros sintomas.
Com prevenção e informação, podemos reduzir a incidência de Dengue, Zika e Chikungunya, garantindo mais qualidade de vida para todos.
ComuniSaúde e o impacto nas favelas
O ComuniSaúde visa melhorar o acesso ao atendimento básico, promover saúde mental e fortalecer as redes comunitárias nas favelas da Baixada Fluminense. O projeto será implementado nas principais favelas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita, em colaboração com secretarias municipais de saúde e instituições locais. O envolvimento dos moradores será crucial para mapear as necessidades e garantir que a campanha atinja todos de forma inclusiva.
O lançamento da plataforma digital ComuniSaude.org.br também será parte importante do projeto, fornecendo informações detalhadas sobre os serviços de saúde disponíveis. A ComCausa também disponibilizará um número de telefone com aplicativos de mensagens para fornecer suporte durante a campanha, garantindo que a população tenha fácil acesso a orientações sobre os serviços de saúde.
Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro
Desde 2021, mais de R$ 22 milhões foram investidos em projetos de saúde nas favelas cariocas, com apoio da Lei Nº 8.972/20 e do Fundo Especial da ALERJ. Instituições renomadas como a Fiocruz , IFF, UENF, UFRJ, UERJ, PUCRJ, SBPC, Alerj e Abrasco fazem parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com o objetivo de garantir que os serviços de saúde alcancem as áreas mais necessitadas.

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