Caso Lara Maria completa três anos sem justiça

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Em 16 de março de 2022, a comunidade de Campo Limpo Paulista (SP) foi abalada pela notícia do desaparecimento de Lara Maria Oliveira Nascimento. A mobilização intensa envolveu familiares, forças policiais e a população local, que se uniram nas redes sociais e na imprensa em busca da adolescente.

Três dias depois, a esperança se transformou em luto quando o corpo de Lara foi descoberto em uma área próxima à sua residência, apresentando sinais de violência. O laudo do Instituto Médico Legal indicou traumatismo craniano, resultado de pelo menos quatro golpes, possivelmente causados por um martelo ou picareta, além da presença de cal em seu corpo.

A investigação policial analisou mais de 5 mil imagens de câmeras de segurança, identificando Wellington Galindo de Queiroz como principal suspeito. Wellington tem histórico policial relacionado a tráfico de drogas, crime contra o patrimônio, associação criminosa e receptação.

Em 25 de março de 2022, a Polícia Civil pediu a prisão temporária do principal suspeito. De acordo com o delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí (SP), Rafael Diório, as informações sobre o suspeito, que aparece em imagens de câmera de segurança dirigindo um carro prata próximo ao local onde a menina foi vista pela última vez, foram cruzadas através do sistema de inteligência da polícia.

Em 27 de março de 2022, uma comovente passeata em homenagem à adolescente foi realizada com cerca de 100 participantes. E em 28 de março de 2022, a Justiça decretou a prisão temporária de Wellington por 30 dias. Contudo, desde então, o suspeito está foragido, e informações indicam sua possível fuga para os estados da Paraíba ou Pernambuco. As autoridades policiais foram acionadas para auxiliar nas buscas.

Em 24 de maio de 2023, a Justiça marcou a primeira audiência sobre o caso Lara. O Ministério Público solicitou a antecipação das provas testemunhais, ressaltando a urgência em coletar depoimentos das testemunhas antes que o tempo comprometa suas memórias.

Família de Lara Nascimento enfrenta desafios após perda trágica

A morte de Lara deixou a família em luto, enfrentando desafios emocionais e financeiros. Luana Nascimento, mãe de Lara e dedicada ao ramo de venda de bolos, doces e decoração de festas, relata a dificuldade em retomar a rotina desde a perda da filha. Ela revela que não consegue sequer mexer nos utensílios que a adolescente costumava utilizar na cozinha. Já o pai da adolescente, igualmente abalado, teve que ser afastado do trabalho para lidar com o luto. O casal, que tem mais duas filhas, encontra-se em uma situação delicada financeiramente, contando com a solidariedade de amigos para sustentar a casa. Luana relata que a família planeja mudar-se da residência onde viveram por quase seis anos.

 

A família mantém a esperança de que a polícia localize e prenda o principal suspeito, proporcionando esclarecimentos cruciais para o desfecho deste trágico episódio. Consciente da importância da mobilização comunitária, a mãe de Lara, Luana Nascimento, convoca um ato marcante para o próximo dia 17 de março de 2024.

A manifestação, que terá início na Rua José Fracaolli 511, Jardim Nossa Senhora Aparecida, Campo Limpo Paulista, a partir das xxx horas, será um ato simbólico em memória à adolescente e um forte apelo por justiça. A comunidade de Campo Limpo Paulista aguarda por respostas e espera que esta mobilização contribua para acelerar a resolução deste caso que marcou profundamente a todos.

O desaparecimento e morte de Lara Nascimento trouxeram não apenas dor, mas impactos profundos na vida cotidiana da família, ressaltando a necessidade de apoio psicológico e solidariedade da comunidade. Enquanto a investigação continua em busca de respostas, a família luta para reconstruir suas vidas, enfrentando uma jornada de superação diante da tragédia que os assolou.

Wellington Galindo de Queiroz, de 42 anos, principal suspeito de matar a adolescente Lara Maria Oliveira Nascimento, de 12 anos, em Campo Limpo Paulista (SP), foi preso dois anos após o crime.

Wellington foi preso pela Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná, próximo à região da Ponte Internacional da Amizade. Há algumas semanas, a PF recebeu informações sobre a possível presença do foragido na região da Tríplice Fronteira.

Ao ser abordado, o homem se apresentou com nome falso e foi encaminhando para a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu, onde confessou que fugiu de São Paulo para Foz do Iguaçu na intenção de ir para o Paraguai.

Quando chegou à cidade paranaense, no entanto, decidiu fixar residência, sobrevivendo através da realização de pequenos serviços manuais, utilizando o nome falso de Diego.

Além do mandado de prisão preventiva pelos crimes de homicídio e estupro de vulnerável, ocorridos em Campo Limpo Paulista, havia um mandado de prisão aberto pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, expedido pela Vara de Execuções do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

A delegada responsável pelo caso, Ivalda Aleixo, informou à TV TEM que ele já assinou o mandado de prisão e deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (22). Agora, a Delegacia Seccional de Jundiaí cuida da logística para buscar o suspeito no sul do país.

O homem era considerado foragido desde o dia 28 de março de 2023 e foi indiciado por homicídio e ato libidinoso. O nome do suspeito havia sido incluído no rol de procurados da Interpol e ele era procurado tanto pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí, quanto pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Polícia Federal.

ACOLHER da ComCausa passou a acompanhar o caso

ComCausa foi entrou em contato com a mãe de Lara Maria e ofereceu apoio através do programa ACOLHER, criado para auxiliar familiares que vivenciam a dura realidade da violência. O ACOLHER vai além de palavras de conforto, aequipe acompanha o caso, permanecendo ao lado da família em todas as etapas do processo e a ComCausa também busca atuar na articulação com outros movimentos sociais, a imprensa e as autoridades. Essa colaboração é fundamental para garantir que:

  • A voz da família seja ouvida.
  • A verdade seja revelada.
  • A justiça seja finalmente alcançada.

A ComCausa acredita que a união de esforços é fundamental para construir um futuro livre de violência.

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