ComuniSaúde: Casos de dengue crescem no Rio de Janeiro nas primeiras semanas de 2025

Mosquito da Dengue

Estado já registra 810 ocorrências; primeiro caso de dengue tipo 3 é confirmado. O estado do Rio de Janeiro já contabilizou 810 casos de dengue nas primeiras semanas de 2025, segundo dados do sistema de monitoramento do governo estadual. Desses, 50 pacientes precisaram ser internados, mas não há mortes confirmadas até o momento.

A principal forma de prevenção segue sendo a eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, que se prolifera em locais com acúmulo de água parada. Autoridades de saúde alertam para o risco do aumento de casos nas próximas semanas, especialmente diante das chuvas intensas e das temperaturas elevadas registradas no estado.

Comparação com anos anteriores

O aumento de casos preocupa especialistas, sobretudo considerando os números alarmantes registrados em 2024. No ano passado, foram contabilizados 302.316 casos prováveis no estado, com mais de 9 mil internações e 232 mortes.

No mesmo período de 2024, entre 31 de dezembro de 2023 e 20 de janeiro de 2024, foram 16.011 casos registrados, número muito superior ao deste ano até o momento. Já em 2023, o total de ocorrências no estado foi de 51.501 casos, com pouco mais de 3 mil internações e 33 mortes.

ComuniSaúde alerta para aumento dos casos de dengue na Baixada Fluminense

O ComuniSaúde, projeto da ComCausa voltado à comunicação comunitária em saúde, alerta para o aumento dos casos de dengue na Baixada Fluminense nas primeiras semanas de 2025. Com a chegada do verão e a continuidade das chuvas intensas na região, a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, se torna um risco crescente para a população.

A Baixada Fluminense, historicamente uma das regiões mais afetadas por epidemias de dengue, está em estado de alerta. Municípios como Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti e Belford Roxo vêm registrando aumento significativo de casos, levando as prefeituras a reforçarem medidas emergenciais de combate ao mosquito.

Primeiro caso de dengue tipo 3 é confirmado no RJ

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, no último dia 9 de janeiro, o primeiro caso de dengue tipo 3 em 2025. A notificação veio da cidade do Rio de Janeiro e foi confirmada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ). A paciente é uma mulher de 60 anos.

O sorotipo DENV-3 não circulava no estado desde 2007, mas, em 2024, foram registrados dois casos isolados: um em Paraty, na Costa Verde, e outro em Maricá, na Região Metropolitana.

Nos anos de 2023 e 2024, os sorotipos predominantes no estado e no Brasil foram DENV-1 e DENV-2. Embora o novo sorotipo ainda não seja predominante no Rio de Janeiro, autoridades de saúde alertam que grande parte da população nunca teve contato com esse tipo do vírus, o que pode elevar o risco de uma nova epidemia caso haja uma circulação mais ampla da doença.

Sintomas da dengue

Os sintomas da dengue tipo 3 são os mesmos das demais variações do vírus. Os principais sinais incluem:

Febre alta (acima de 38°C)
Dores no corpo e articulações
Náuseas e vômitos
Dor atrás dos olhos
Mal-estar geral
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo

Em casos mais graves, a doença pode evoluir para dengue hemorrágica, levando a complicações sérias, como sangramentos e choque hipovolêmico.

Medidas de prevenção

Diante do aumento dos casos, o Ministério da Saúde reforçou o alerta para prefeitos e governadores sobre a importância de ações emergenciais para conter a proliferação do Aedes aegypti.

A recomendação inclui:
🔹 Eliminar água parada em pneus, vasos de plantas, caixas d’água e outros recipientes.
🔹 Manter terrenos e quintais limpos, evitando o acúmulo de lixo e entulho.
🔹 Utilizar repelentes e roupas de manga longa em áreas de alto risco.
🔹 Procurar atendimento médico ao apresentar sintomas, evitando a automedicação.

Com a chegada do verão e o aumento das chuvas, especialistas alertam que o período pode ser crítico para a dengue no Rio de Janeiro. A população deve redobrar os cuidados para evitar novos surtos da doença no estado.

ComuniSaúde e o impacto nas favelas 

ComuniSaúde visa melhorar o acesso ao atendimento básico, promover saúde mental e fortalecer as redes comunitárias nas favelas da Baixada Fluminense. O projeto será implementado nas principais favelas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita, em colaboração com secretarias municipais de saúde e instituições locais. O envolvimento dos moradores será crucial para mapear as necessidades e garantir que a campanha atinja todos de forma inclusiva.

O lançamento da plataforma digital ComuniSaude.org.br também será parte importante do projeto, fornecendo informações detalhadas sobre os serviços de saúde disponíveis. A ComCausa também disponibilizará um número de telefone com aplicativos de mensagens para fornecer suporte durante a campanha, garantindo que a população tenha fácil acesso a orientações sobre os serviços de saúde.

Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro 

Desde 2021, mais de R$ 22 milhões foram investidos em projetos de saúde nas favelas cariocas, com apoio da Lei Nº 8.972/20 e do Fundo Especial da ALERJ. Instituições renomadas como a  Fiocruz , IFFUENFUFRJUERJPUCRJSBPC, Alerj e Abrasco fazem parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com o objetivo de garantir que os serviços de saúde alcancem as áreas mais necessitadas.

ComuniSaúde ComCausa Fiocruz

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