No dia 16 de novembro, o Brasil celebra o Dia Nacional dos Ostomizados, data que visa conscientizar a sociedade sobre a realidade das pessoas que vivem com ostomia e promover o respeito e a inclusão desses indivíduos. O evento também é uma oportunidade para discutir políticas públicas e melhorias na assistência à saúde oferecida a essa população, que depende de bolsas e cuidados específicos para manter a qualidade de vida.
A ostomia é um procedimento cirúrgico realizado em pacientes que, por diferentes razões, não conseguem realizar a excreção normal de resíduos corporais. A intervenção cria uma abertura (estoma) no corpo, geralmente no abdômen, onde uma bolsa é conectada para coletar os dejetos. A condição pode resultar de doenças como câncer de intestino, colite ulcerativa, ou traumas. Estima-se que milhares de brasileiros vivam com essa condição, enfrentando não só desafios físicos, mas também sociais e psicológicos.
Ações do Comunisaúde e a importância do apoio comunitário
Neste ano, o Comunisaúde, programa focado na conscientização e inclusão de grupos vulneráveis no sistema de saúde, traz conscientização para marcar o Dia Nacional dos Ostomizados. O objetivo é educar a população sobre a vida com ostomia e combater o estigma enfrentado por esses pacientes. “O Comunisaúde acredita na importância de dar voz aos ostomizados e de informar sobre as necessidades diárias de quem vive com essa condição”, afirmou um dos coordenadores do programa.
As ações incluem palestras e workshops sobre os cuidados com estomas e a importância de um apoio social inclusivo para os ostomizados. Os eventos abordam questões de saúde física e mental, como a adaptação ao uso da bolsa de ostomia e o enfrentamento do preconceito social. O Comunisaúde também planeja uma campanha digital para informar a população e esclarecer mitos sobre a condição.
Políticas públicas e acesso a insumos de qualidade
A data também destaca a necessidade de políticas públicas que garantam acesso a insumos de qualidade para os ostomizados. No Brasil, o fornecimento de bolsas e outros materiais essenciais para a saúde dos ostomizados é garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, pacientes e ativistas afirmam que a distribuição de bolsas muitas vezes é insuficiente ou apresenta problemas de qualidade. Organizações como a Associação Brasileira de Ostomizados (ABRASO) reforçam a importância de regulamentações mais eficazes para o atendimento adequado dessa população.
“É fundamental que os ostomizados tenham acesso a produtos de qualidade, pois isso impacta diretamente sua dignidade e conforto no dia a dia”, afirmou um representante da ABRASO.
Enfrentando os desafios e o preconceito
Viver com ostomia traz desafios, não apenas físicos, mas também emocionais e sociais. Muitos ostomizados relatam dificuldades de adaptação e enfrentam preconceito e desinformação. Por isso, o Dia Nacional dos Ostomizados não é apenas uma data de conscientização, mas também de luta por respeito e aceitação. Iniciativas como as promovidas pelo Comunisaúde buscam ampliar o entendimento e o apoio à causa, construindo uma sociedade mais informada e inclusiva.
Em todo o Brasil, celebrações e ações de conscientização ao longo do dia 16 de novembro irão reforçar a importância de acolher e apoiar os ostomizados, contribuindo para uma sociedade que respeite as diferenças e valorize a diversidade de cada indivíduo.
ComuniSaúde e o impacto nas favelas
O ComuniSaúde visa melhorar o acesso ao atendimento básico, promover saúde mental e fortalecer as redes comunitárias nas favelas da Baixada Fluminense. O projeto será implementado nas principais favelas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita, em colaboração com secretarias municipais de saúde e instituições locais. O envolvimento dos moradores será crucial para mapear as necessidades e garantir que a campanha atinja todos de forma inclusiva.
O lançamento da plataforma digital ComuniSaude.org.br também será parte importante do projeto, fornecendo informações detalhadas sobre os serviços de saúde disponíveis. A ComCausa também disponibilizará um número de telefone com aplicativos de mensagens para fornecer suporte durante a campanha, garantindo que a população tenha fácil acesso a orientações sobre os serviços de saúde.
Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro
Desde 2021, mais de R$ 22 milhões foram investidos em projetos de saúde nas favelas cariocas, com apoio da Lei Nº 8.972/20 e do Fundo Especial da ALERJ. Instituições renomadas como a Fiocruz , IFF, UENF, UFRJ, UERJ, PUCRJ, SBPC, Alerj e Abrasco fazem parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com o objetivo de garantir que os serviços de saúde alcancem as áreas mais necessitadas.
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