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Dia Estadual do Jongo

O Dia Estadual do Jongo é uma data significativa no calendário cultural brasileiro, reservada para celebrar e homenagear uma das mais importantes manifestações culturais afro-brasileiras: o Jongo. Essa celebração tem como objetivo valorizar a rica tradição dessa manifestação artística e reforçar a importância da cultura afrodescendente na construção da identidade nacional.

O Jongo é uma expressão artística que remonta aos tempos da escravidão no Brasil. Originado no século XIX, especialmente na região Sudeste, em locais como o estado do Rio de Janeiro, o Jongo representa uma forma de resistência, preservação de tradições e celebração da ancestralidade africana. Por meio de suas danças, música, poesia e rituais, essa prática cultural manteve vivas as raízes africanas em terras brasileiras, apesar das adversidades impostas pelo sistema escravocrata.

Os participantes do Jongo, conhecidos como jongueiros, reúnem-se em rodas ou círculos, formando uma comunidade vibrante, repleta de energia e alegria. A batida contagiante dos tambores e os versos improvisados cantados pelos jongueiros criam uma atmosfera única, na qual a história e a tradição são transmitidas de geração em geração.

Durante muito tempo, o Jongo foi marginalizado e até mesmo perseguido, visto como uma expressão cultural inferior ou perigosa pelas elites dominantes. No entanto, graças à resistência de seus praticantes e ao crescente reconhecimento de sua importância histórica e artística, o Jongo tem sido cada vez mais valorizado e preservado.

O reconhecimento do Dia Estadual do Jongo é um passo fundamental para destacar a relevância dessa manifestação cultural e proporcionar espaços de reflexão, aprendizado e celebração. Nessa data, realizam-se diversos eventos, como apresentações de grupos de jongueiros, palestras, oficinas e exposições, que visam promover o conhecimento sobre o Jongo e fomentar a inclusão de sua prática nas políticas culturais.

Além disso, o Dia Estadual do Jongo também é uma oportunidade para discutir questões como o combate ao racismo, a valorização da cultura afro-brasileira e a importância da preservação das manifestações culturais tradicionais.

Nesse contexto, é fundamental que as instituições públicas, a sociedade civil e os setores culturais trabalhem em conjunto para garantir o acesso, a proteção e a promoção do Jongo, assegurando que essa rica tradição continue a florescer e a ser transmitida para as futuras gerações.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa

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