Fiocruz afirma que operação dentro da instituição impactou produção de vacinas, mas entrega não será atrasada

Castelo Mourisco, sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que a operação da Polícia Civil, que incluiu uma troca de tiros dentro de suas instalações em Manguinhos, Zona Norte do Rio, causou um impacto pontual na produção de vacinas, mas garantiu que a entrega dos imunizantes não será atrasada. O incidente ocorreu na manhã de quarta-feira, 8 de janeiro, e afetou brevemente as atividades da Bio-Manguinhos, a fábrica de vacinas da Fiocruz.

Em decorrência da operação, a Fiocruz determinou que os funcionários trabalhassem de forma remota nesta quinta-feira, 9 de janeiro. Apenas os trabalhadores de serviços essenciais deveriam comparecer de forma presencial. Para reforçar a segurança, uma viatura da Polícia Militar foi posicionada na entrada principal da instituição.

Ação policial e fuga de criminosos
A operação envolveu agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da 21ª DP (Bonsucesso) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). De acordo com a Polícia Civil, os criminosos fugiram para o interior da Fiocruz, onde um dos suspeitos foi flagrado em imagens de câmeras de segurança tentando escapar. Durante a troca de tiros, um disparo acertou uma das janelas de Bio-Manguinhos, atingindo uma funcionária com estilhaços de vidro, que precisou de atendimento médico.

Investigação em andamento
A polícia também registrou imagens de drones mostrando a fuga dos criminosos, que entraram em um carro e saíram do local. Dois funcionários da empresa de segurança contratada pela Fiocruz foram levados para a delegacia para prestar depoimento. A Polícia Civil suspeita de possível apoio à fuga dos criminosos por parte desses funcionários, mas a Fiocruz nega envolvimento e afirma que está acompanhando a situação com advogados.

Ana Beatriz Cuzzatti, representante da Fiocruz, declarou que a instituição considera a operação como arbitrária, uma vez que não houve comunicação prévia com a direção da Fundação. Ela também criticou o comportamento da polícia, que, segundo ela, causou pânico nos funcionários e frequentadores da instituição. A Polícia Civil, por sua vez, defendeu a ação, afirmando que a entrada no campus foi motivada pela informação de que criminosos haviam acessado o local.


Apesar dos danos pontuais causados pelo incidente, a Fiocruz garantiu que as entregas das vacinas não serão afetadas, e as investigações da Polícia Civil continuam em andamento para esclarecer os detalhes da operação e a participação de funcionários de segurança na fuga dos criminosos. O caso segue sendo investigado pela polícia, com a expectativa de mais esclarecimentos após a coleta de depoimentos e a análise das evidências.

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