Dois policiais militares foram mortos no Rio de Janeiro neste sábado (22), em incidentes separados que chocaram a capital e a Baixada Fluminense. As circunstâncias das mortes expõem, mais uma vez, a vulnerabilidade dos agentes de segurança no estado, que lidera o ranking nacional de assassinatos de profissionais do setor.
Na zona norte da cidade, o terceiro sargento Everton Brasil Pitombeira, lotado na Diretoria-Geral de Pessoal (DGP) da Polícia Militar, foi encontrado morto a tiros dentro de um veículo na rua Paulo Viana, próximo à entrada da comunidade Faz Quem Quer, em Rocha Miranda. Policiais do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foram acionados após denúncias de que uma pessoa estaria sem vida no local. Ao chegarem, confirmaram o óbito e identificaram a vítima como um colega de farda.
Everton estaria a caminho da casa de sua filha quando, por engano, entrou no acesso à comunidade. Reconhecido como policial militar por criminosos da região, ele foi alvejado e não resistiu aos ferimentos. A área foi isolada para perícia, e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu as investigações.
Casal assassinado na Baixada Fluminense
No mesmo dia, em Piabetá, na Baixada Fluminense, o primeiro sargento Adil da Cruz Marques, do 34º Batalhão da PM (Magé), e sua esposa, Jaqueline de Araujo Alves, foram assassinados. Adil, que integrava a corporação há 23 anos, deixa um filho. Jaqueline era colaboradora do Fundec, em Duque de Caxias.
Relatos preliminares obtidos pela CNN apontam que o casal pode ter sido morto pelo ex-marido de Jaqueline, também policial militar. A informação, porém, ainda não foi oficialmente confirmada pela Polícia Militar ou pela Polícia Civil. O caso está sob investigação da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Em nota divulgada nas redes sociais, o comando do 34º BPM lamentou a perda do sargento Adil, destacando sua dedicação e alegria. “Sua trajetória foi marcada pelo compromisso, pela ética e pelo espírito de serviço, mas também pela alegria com que vivia e contagiava aqueles ao seu redor”, diz o texto.
Os dois casos elevam para sete o número de profissionais de segurança mortos violentamente no Rio de Janeiro apenas em janeiro deste ano, conforme dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Em 2024, o estado registrou 77 mortes desse tipo, consolidando-se como o mais letal para agentes de segurança no Brasil.
As investigações seguem em curso, mas os episódios reacendem o debate sobre a segurança dos próprios agentes no estado, frequentemente alvos de ataques em áreas dominadas pelo crime organizado ou vítimas de situações relacionadas à sua profissão. A população e as autoridades aguardam respostas enquanto a polícia trabalha para elucidar os crimes.
A ComCausa publicou em suas redes:
“A ComCausa manifesta seu profundo pesar e solidariedade às famílias, amigos e colegas dos policiais militares Everton Brasil Pitombeira e Adil da Cruz Marques, brutalmente assassinados no último sábado, 22 de março de 2025, no Rio de Janeiro. A ComCausa repudia veementemente esses atos de barbárie e clama por justiça. É urgente que os autores desses crimes sejam identificados e responsabilizados, e que medidas efetivas sejam tomadas.”
Imagem de capa ilustrativa
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