Memória: Laudelina de Campos Melo pioneira na luta por direitos de trabalhadores domésticos no Brasil

Laudelina de Campos Melo pioneira na luta por direitos de trabalhadores domésticos no Brasil

Laudelina de Campos Melo, nascida em 12 de outubro de 1904 em Poços de Caldas e falecida em 12 de maio de 1991 em Campinas, foi uma figura proeminente na história brasileira, dedicada à militância política e aos direitos das mulheres e das empregadas domésticas. Sua vida foi marcada por uma determinação inabalável desde tenra idade, quando teve que assumir responsabilidades familiares após a morte prematura de seu pai.

Abandonando a escola para cuidar de seus irmãos mais novos, Laudelina logo se envolveu em atividades para aumentar a renda familiar, como a fabricação e venda de doces caseiros. Sua jornada de ativismo político começou cedo, sendo eleita presidente de um clube que promovia atividades recreativas e políticas para a comunidade negra.

Ao longo de sua vida, Laudelina enfrentou desafios e adversidades, mas sua determinação nunca vacilou. Ela se juntou ao Partido Comunista Brasileiro e fundou a primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do país, lutando incansavelmente por melhores condições de trabalho e direitos iguais para as empregadas domésticas.

Sua influência se estendeu além das fronteiras de sua cidade natal, com participação ativa em movimentos políticos e sociais em todo o país. Em Campinas, onde se estabeleceu mais tarde em sua vida, continuou sua luta contra o preconceito racial e a discriminação, fundando associações e sindicatos para promover os direitos das empregadas domésticas.

Laudelina deixou um legado duradouro, sendo lembrada por sua coragem, determinação e dedicação à causa dos direitos humanos. Sua morte em 1991 não diminuiu sua influência, com diversas homenagens prestadas a ela ao longo dos anos, incluindo a criação de uma organização não governamental em sua memória e a inclusão póstuma na Ordem do Mérito do Trabalho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Seu legado continua vivo até hoje, sendo celebrado em documentários e homenagens, como o Doodle do Google em 2020, que reconheceu sua contribuição significativa para a história e a luta por justiça social no Brasil.

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