O município de Nilópolis realiza, no próximo dia 30 de abril, o evento “Nilópolis, a Gente Já Tem 100 Anos”, idealizado pela atriz e produtora cultural Rejaine Victoriano de Almeida (Rê Almienida). A atividade acontecerá no Calçadão de Nilópolis, das 10h às 14h, reunindo a comunidade em torno de uma programação cultural que combina arte, memória e cidadania.
Ao contrário do que muitos imaginam, o marco dos “100 anos” celebrado em 2025 não se refere apenas à emancipação político-administrativa de Nilópolis, ocorrida em 1947, mas sim ao início da formação histórica e social do território, datado de 1914. Foi nesse período que se consolidaram marcos fundamentais como a inauguração da Estação Ferroviária de Nilópolis e o curso de urbanização comandado por Paulo de Frontin, eventos que impulsionaram o desenvolvimento urbano e a identidade do município.
De acordo com o músico e compositor Macedo Griot, um dos participantes do projeto, “Nilópolis é muito mais do que a sua emancipação. Somos filhos e filhas de uma história que começou lá atrás, quando os trilhos chegaram e abriram caminhos para os sonhos que construíram essa cidade.”
O projeto busca justamente conectar as raízes históricas às novas gerações, fortalecendo o sentimento de pertencimento e valorizando a riqueza da memória nilopolitana.
O projeto conta com o apoio da ComCausa – Direitos Humanos, organização que há mais de duas décadas atua no fortalecimento de ações de valorização de territórios e identidades locais. Para Adriano Dias, fundador da ComCausa, “celebrar a memória e a identidade de uma cidade como Nilópolis é um ato de resistência e de afirmação social; é mostrar que a história de um povo é também sua principal força de transformação e esperança.”
Programação oficial
A programação do evento é composta por atividades que abrangem diferentes linguagens artísticas, garantindo a participação de diversos públicos:
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10h00 – Abertura Oficial
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Recepção conduzida por Rejaine Victoriano de Almeida
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Apresentação do projeto e explicação do conceito
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Homenagem simbólica ao centenário de Engenheiro Neiva
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10h20 – Exposição Inaugural
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Lançamento da exposição de fotos e painéis produzidos por estudantes da Educação Especial (PCDs)
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Roda de conversa com educadores e alunos
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11h40 – Intervenção Musical (1ª Parte)
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Show “Cidade de Nilo” – Parte 1
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Participação de artistas locais e interação com o público
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12h00 – Momento Poético
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Espaço para poesia autoral e declamação de artistas e moradores
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Temáticas abordadas: identidade, memória e diversidade cultural
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Inclusão de poesia falada (slam) e versos populares
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13h00 – Exibição do Filme de Nilópolis
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Sessão comentada de curta/documentário, com imagens de arquivo e depoimentos históricos
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13h30 – Roda Final de Encerramento
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Agradecimentos da produção e falas de representantes de escolas e grupos culturais
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Convite para engajamento nas redes sociais do projeto
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Distribuição de material informativo e mobilização para futuras ações
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Atividades culturais e educativas
Além da programação principal, o projeto contempla diversas ações de promoção da cultura e da memória local:
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Exposição de Fotos: Apresentação de um acervo fotográfico de domínio público sobre o surgimento da cidade.
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Filme de Nilópolis: Produção audiovisual com imagens históricas e depoimentos de moradores antigos.
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Leitura Dramatizada: Texto teatral “Nilópolis da Coroa Portuguesa à Baixada da Internet”, apresentado de forma lúdica.
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Contação de Histórias: Com o contador de histórias Millôr Fernandes, trazendo lendas e narrativas locais.
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Show Cidade de Nilo: Apresentação musical com artistas como Macedo Griot e Vinno Cachorrão.
*** Algumas programações dependem de confirmação.
O projeto reforça a importância das parcerias com escolas, grupos culturais, instituições públicas e privadas. A divulgação será potencializada pelas redes sociais, ampliando o alcance da iniciativa. A avaliação contínua das atividades permitirá o aprimoramento das próximas edições. Como enfatiza Adriano Dias, “preservar a memória de um território não é apenas recordar o passado, mas também construir o futuro a partir da identidade de seu povo.” E como resume Macedo Griot, “Nilópolis é trilho, é sonho, é resistência. Celebrar esses 100 anos é reconhecer a caminhada de todos que ajudaram a construir essa história.”
Imagem de capa ilustrativa.
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