A magistrada Alessandra da Rocha Lima Roidis, responsável pela 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, definiu o dia 24 de julho de 2025 como a nova data para o Júri Popular relativo ao caso da engenheira Patrícia Amieiro. A engenheira desapareceu em junho de 2008, depois que seu veículo foi alvejado por tiros capturados por policiais.
Na sua decisão, a juíza reconhece que a data está distante e deixa em aberto a possibilidade de futuras alterações.
“A pauta deste juízo se encontra para data longínqua, de modo que, caso seja necessário, poderá ser reavaliado o pedido.”
A família de Patrícia pede que a juíza reavalie a data, já que “mais 2 anos de espera para um julgamento é muito tempo.”
“Nossa família já espera por justiça há 15 anos, e devemos ainda aguardar mais 2 anos? Pedimos pelo amor de Deus, que a juíza reavalie esta data”, disse Adryano Amieiro, irmão da engenheira.
Policiais Militares enfrentarão novo julgamento após reabertura de caso por testemunha-chave
Os policiais militares Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento estão enfrentando um julgamento por tentativa de homicídio, enquanto Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira enfrentarão um novo julgamento devido a um incidente de fraude processual. Este acompanhamento ocorre após o caso ter sido reaberto com base no depoimento de uma testemunha-chave, que surgiu em setembro de 2020.
O caso, que originalmente foi a tribunal em 2019, viu dois policiais militares condenados a três anos de prisão e multas, após terem sido condenados por fraude processual. Entretanto, outros dois aguardados foram absolvidos na ocasião.
A reviravolta aconteceu quando uma nova testemunha se apresentou ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) em setembro de 2020. O depoimento dessa testemunha abriu novas perspectivas para o caso, fornecendo informações cruciais sobre os acontecimentos em questão. O relato da testemunhau impactou diretamente a família da vítima, Patrícia, com sua mãe, Tânia Amieiro, expressando profunda gratidão pela coragem da testemunha em compartilhar o que testemunhou.
“Agradecemos imensamente por esta testemunha ter tido a coragem de se apresentar e relatar os eventos daquele dia. Para nós, sua contribuição é de extrema importância, pois pelo menos traz à luz que houve tiros contra minha filha e que ela agonizou pedindo ajuda. Os responsáveis a retiraram do veículo e ocultaram seu corpo. Esta verdade é dolorosa para nós”, declarou emocionalmente Tânia Amieiro.
O desenvolvimento recente levou à reabertura do caso e lançou novas luzes sobre as circunstâncias, trazendo a possibilidade de justiça para a família da vítima e reforçando a importância do sistema judicial em abordar diligentemente tais alegações. O novo julgamento promete lançar luz sobre as alegações de tentativa de homicídio e fraude processual, buscando determinar a verdade por trás dessas emoções graves.
Relembre o caso:
No dia 14 de junho de 2008, a engenheira Patrícia Amieiro foi vista com vida pela última vez. Segundo a denúncia, ela foi morta, aos 24 anos, na Barra da Tijuca, quando voltava de uma festa na Zona Sul do Rio e teve seu carro atingido por tiros de policiais.