A Rua Ceará, localizada no bairro da Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro, foi oficialmente reconhecida como patrimônio cultural imaterial do município. A Lei nº 8.825, de 27 de fevereiro de 2025, sancionada pelo vereador Marcio Ribeiro, consolida a importância histórica e cultural da região, conhecida como a rua dos moto clubes, assim como a rua do rock and roll e do underground carioca, para a comunidade motociclista e para a cena cultural carioca.
A justificativa para o tombamento foi que a Rua Ceará é um ponto de encontro tradicional para motociclistas e admiradores da cultura sobre duas rodas, abrigando diversas associações e eventos que movimentam o cenário social e cultural da cidade. Segundo o texto da lei, a região é reconhecida como “berço de diversas associações motociclistas”, desempenhando um papel fundamental na construção da identidade cultural dos motociclistas cariocas.
ComCausa encaminhou uma proposta à ALERJ no ano passado
Além da importância para os motociclistas, a Rua Ceará também é um epicentro cultural para a cena rock carioca. Em julho de 2022, a OSC ComCausa encaminhou uma proposta à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) para o tombamento da rua como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado. A proposta destacou a relevância histórica da região, especialmente após a realização do Dia Mundial do Rock, que reuniu mais de 10 mil pessoas e 100 bandas no local.
Adriano Dias, representante da ComCausa, enfatizou a importância do tombamento para a preservação da memória e da identidade cultural da região. “A Rua Ceará não é apenas um espaço físico, mas um epicentro cultural que tem sido fundamental para a cena rock do Rio. Seu reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial seria um passo crucial para a valorização de nossa história musical e para a revitalização urbana da área”, afirmou Dias.
A proposta da ComCausa também destacou o potencial turístico da Rua Ceará, que poderia se transformar em um corredor cultural de referência para visitantes do Rio. Além disso, “o reconhecimento da região como patrimônio cultural pode contribuir para a revitalização urbana e para a prevenção da violência, promovendo uma nova cultura de ocupação e fortalecimento comunitário”, afirmou Adriano Dias, que escreveu a minuta com a proposta de tombamento.
Desdobramentos do tombamento municipal
A Rua Ceará, agora oficialmente reconhecida como patrimônio imaterial, consolida-se como um símbolo de resistência, tradição e diversidade cultural no Rio de Janeiro. Seu tombamento não apenas preserva a memória de um local emblemático, mas também abre caminho para a valorização de sua história e para o fortalecimento de sua identidade cultural. Com a nova legislação, caberá ao Órgão Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural adotar medidas para garantir a preservação e valorização da região.
Foto capa da internet: Dia do Rock na Rua Ceará 2024.
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