Sete cardeais brasileiros participam do conclave para eleição do novo Papa

Sete cardeais brasileiros participam do conclave para eleição do novo Papa

Com a morte do Papa Francisco em abril de 2025, a Igreja Católica deu início ao processo de escolha de um novo pontífice. O conclave, que começa oficialmente no dia 7 de maio na Capela Sistina, contará com a participação de sete cardeais brasileiros entre os eleitores. O Brasil, maior país católico do mundo em número de fiéis, reafirma assim seu peso dentro do Colégio Cardinalício.

Ao todo, são 135 cardeais eleitores com menos de 80 anos de idade, conforme prevê o direito canônico. Dentre eles, destacam-se sete representantes do Brasil, com trajetórias diversas e atuação em diferentes regiões do país.

Quem são os cardeais brasileiros eleitores:

Dom Odilo Pedro Scherer – Arcebispo de São Paulo, 75 anos. Nomeado cardeal em 2007 pelo Papa Bento XVI, Dom Odilo é o único brasileiro com experiência prévia em conclave, tendo participado da eleição de Francisco em 2013. Sua formação teológica sólida e atuação na Cúria Romana o tornam uma voz influente.

Dom Sérgio da Rocha – Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, 65 anos. Criado cardeal em 2016 por Francisco, Dom Sérgio é conhecido por seu trabalho pastoral e pelo diálogo com diferentes segmentos da sociedade. Já presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Dom Orani João Tempesta – Arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos. Elevado a cardeal em 2014, teve papel de destaque na Jornada Mundial da Juventude de 2013. Sua liderança em uma das maiores arquidioceses do país fortalece sua presença no conclave.

Dom Leonardo Ulrich Steiner – Arcebispo de Manaus, 74 anos. Nomeado cardeal em 2022, Dom Leonardo é o primeiro cardeal da Amazônia, conhecido pela defesa de causas ambientais e dos direitos dos povos indígenas.

Dom Paulo Cezar Costa – Arcebispo de Brasília, 57 anos. Um dos mais jovens do grupo, foi criado cardeal em 2022 e é reconhecido por sua formação acadêmica e pelo envolvimento em temas contemporâneos da Igreja.

Dom Jaime Spengler – Arcebispo de Porto Alegre, 64 anos. Atual presidente da CNBB, Dom Jaime foi nomeado cardeal em 2023 e traz ao conclave uma perspectiva alinhada às demandas pastorais e sociais do Brasil.

Dom João Braz de Aviz – Arcebispo emérito de Brasília, 77 anos. Criado cardeal em 2012 por Bento XVI, Dom João serviu como prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano, cargo de destaque na administração da Igreja.

Além deles, Dom Raymundo Damasceno Assis, cardeal emérito de Aparecida e ex-presidente da CNBB, acompanhará o conclave, mas sem direito a voto, pois já ultrapassou o limite de idade.

Brasil no cenário global da Igreja

A forte presença brasileira reflete o protagonismo do país no cenário da Igreja Católica. Com mais de 120 milhões de católicos, o Brasil é o maior rebanho católico do mundo. Entretanto, enfrenta também os desafios da secularização e do crescimento de outras denominações religiosas.

O peso dos cardeais brasileiros no conclave é observado com atenção, pois eles trazem para as discussões temas como justiça social, preservação ambiental, fortalecimento da pastoral urbana e diálogo inter-religioso. A diversidade de origens e perfis dos cardeais reflete as múltiplas realidades sociais e regionais do país.

O conclave

O conclave seguirá o rito tradicional, com os cardeais reunidos em total isolamento na Capela Sistina, sob juramento de segredo absoluto. A eleição exige maioria qualificada: dois terços dos votos.

O próximo Papa herdará os desafios enfrentados por Francisco, como o combate aos abusos sexuais na Igreja, a reforma da Cúria Romana, o fortalecimento da missão social da Igreja, além da necessidade de diálogo com o mundo contemporâneo e de revitalização da fé em regiões onde o catolicismo perdeu espaço.

Embora não haja indicativos fortes de que um brasileiro esteja entre os principais papabili (cardeais apontados como possíveis papas), a atuação dos representantes do Brasil pode ser decisiva para a orientação do processo e para o futuro da Igreja. A pluralidade de visões e a experiência pastoral dos brasileiros são vistas como contribuições valiosas nas discussões internas. O resultado do conclave definirá os rumos da Igreja Católica para os próximos anos.

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