Memória: Wellington Braz da Silva

Whellington Braz

No dia 15 de abril de 2013, um trágico episódio de violência chocou a cidade de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Durante o evento Viradão Carioca, realizado no Aeroclube da cidade, o jovem Wellington Braz da Silva foi brutalmente espancado até a morte por um grupo de jovens, evidenciando a escalada da violência juvenil na região. Morador do bairro Moqueta e residente próximo ao local do crime, Wellington tinha sua vida interrompida de forma cruel, em um episódio que marcou profundamente a comunidade local.

Segundo relatos de familiares e amigos, tudo aconteceu nos minutos finais do evento. Durante a última música, um grupo de jovens oriundos do bairro Jardim Iguaçu iniciou um ataque contra Wellington e seus amigos, que conseguiram fugir. O jovem, entretanto, escorregou ao tentar escapar e foi alcançado. Ele foi atingido na cabeça e, após cair no chão, foi covardemente espancado com paus e pedras. Testemunhas relataram que os materiais usados na agressão estavam previamente escondidos em um matagal dentro do aeroclube. Embora socorrido e levado ao Hospital da Posse, Wellington não resistiu aos ferimentos.

A morte de Wellington é mais do que um caso isolado de violência: ela expõe a lógica perversa das rivalidades entre grupos juvenis, muitas vezes influenciadas pela presença e pela dinâmica das facções criminosas que controlam partes do território da Baixada Fluminense. É um retrato da banalização da vida e da ausência de políticas públicas voltadas à juventude, ao acesso à cultura, ao esporte e à prevenção da violência. Trata-se de um alerta sobre como o ódio e o medo têm se enraizado entre os próprios jovens, em um ciclo de violência que ceifa vidas e destrói famílias.

Diante da brutalidade do caso, a organização ComCausa criou, em 2014, o programa Jovem Fica Vivo, com o objetivo de chamar atenção não apenas para a violência institucional praticada pelo Estado contra a juventude, mas também para a violência entre os próprios jovens. A iniciativa busca sensibilizar a sociedade para a urgência da construção de uma cultura de paz, valorizando a vida e promovendo a justiça social. A memória de Wellington segue como símbolo da luta por uma juventude viva, protegida e respeitada.

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