Quando afirmamos que “uma hora é o seu filho ou filha”, não estamos espalhando medo ou apreensão. Essa frase sintetiza um alerta poderoso: a violência institucional não escolhe alvos.
Há poucos meses, Gabriel Pereira dos Santos, de apenas 24 anos, foi morto com um disparo na cabeça durante uma abordagem policial em Vila de Cava, Nova Iguaçu, enquanto pilotava uma moto. Acompanhamos esse caso de perto e constatamos o absurdo e a banalidade da violência exercida pelo policial militar que tirou a vida de Gabriel.
Lembramos também da pequena Heloísa dos Santos Silva, de apenas 3 anos, morta por um tiro disparado por agentes da PRF enquanto sua família transitava pelo Arco Metropolitano, em Seropédica, em setembro de 2023. Da mesma forma, Anne Caroline Nascimento Silva, de 23 anos, foi assassinada em junho de 2023 durante uma abordagem na Rodovia Washington Luís, ambas pela PRF, e agora, Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada e permanece em estado gravíssimo.
Essas histórias não são apenas números ou manchetes. Elas poderiam ter acontecido com qualquer um de nós ou com alguém que amamos.
Que tipo de sociedade estamos construindo quando vidas como as de Gabriel, Heloísa e Anne – entre tantos outros – são ceifadas em abordagens que deveriam proteger, e não destruir? Enquanto permitirmos que a violência seja normalizada, ninguém estará realmente seguro.
Esses episódios trágicos não são exceções. Eles revelam um padrão que reforça a desconfiança entre a população e as forças de segurança. Quando a violência se torna regra, ela perpetua um ciclo de medo e exclusão, desumanizando não apenas as vítimas, mas a própria sociedade.
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