A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, está considerando reabrir as investigações sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek. A decisão será discutida em uma reunião marcada para esta sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025. A iniciativa de reanalisar o caso partiu do assessor especial do ministério, Nilmário Miranda, que enfatizou a importância de revisar as circunstâncias que envolveram o falecimento de JK.
Juscelino Kubitschek morreu em 22 de agosto de 1976, em um acidente automobilístico na Rodovia Presidente Dutra, próximo a Resende, Rio de Janeiro. Na ocasião, o Chevrolet Opala em que ele viajava colidiu frontalmente com um caminhão após supostamente ter sido atingido por um ônibus da Viação Cometa. A investigação oficial da época concluiu que o acidente foi causado por uma colisão leve entre o ônibus e o Opala, levando o veículo a perder o controle. Contudo, ao longo dos anos, surgiram diversas teorias sugerindo que o acidente poderia ter sido, na verdade, um atentado político, especialmente considerando o contexto da ditadura militar no Brasil.
Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade analisou o caso e concluiu que não havia evidências suficientes para afirmar que a morte de JK foi resultado de um atentado. No entanto, novas informações e questionamentos contínuos sobre as circunstâncias do acidente motivaram a CEMDP a considerar a reabertura das investigações. A reunião desta sexta-feira poderá determinar os próximos passos para uma possível reanálise do caso, buscando esclarecer definitivamente as causas da morte do ex-presidente.
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