O Encontro Nacional de Culturas e Periferias, realizado em Niterói (RJ) na última semana, reafirmou o compromisso do Ministério da Cultura (MinC) com a participação social e a valorização da cultura como um direito básico. Márcio Tavares, secretário-executivo do MinC, destacou a importância do diálogo na construção de políticas públicas culturais, mencionando a 4ª Conferência Nacional de Cultura e a revisão do Plano Nacional de Cultura como exemplos de iniciativas que envolvem a comunidade cultural em todo o país.
Tavares também enfatizou o papel central da cultura nos projetos de desenvolvimento econômico e social, com destaque para a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), que destina R$ 3 bilhões anualmente a estados e municípios, com 20% desse valor direcionado a projetos nas periferias. Ele reforçou que o MinC busca ampliar o acesso aos recursos, promovendo políticas culturais mais democráticas e inclusivas.
Roberta Martins, secretária dos Comitês de Cultural do MinC, também destacou a importância de pensar estratégias com a sociedade civil para a aplicação desses recursos nas periferias, sublinhando o desafio de definir e articular as periferias em cada cidade e estado.
Participantes do encontro, como José Carbonel, artista de Pernambuco, e Jeft Dias, idealizador do Festival Psica em Belém, relataram como a cultura e o apoio financeiro têm impulsionado o desenvolvimento e fortalecimento das comunidades periféricas. Fred Maciel, grafiteiro e empreendedor social de Belo Horizonte, destacou a arte periférica como uma estratégia de resistência e reparação histórica.
O evento também celebrou as periferias com apresentações artísticas, incluindo Samba do Trabalhador, MC Marechal, Awrê e BlackRio, além de transmitir as mesas temáticas pelo canal do MinC no YouTube.