Novo caso de feminicídio na Baixada

Luciano do Nascimento Costa e Gabriele Ferreira Santos

Na madrugada desta terça-feira (18/03), o Rio de Janeiro foi palco de mais um trágico caso de feminicídio que chocou moradores e reforçou os alarmantes dados sobre violência contra a mulher no Brasil. Luciano do Nascimento Costa, 48 anos, policial civil, assassinou Gabriele Ferreira Santos, 26 anos, com quem mantinha um relacionamento. Após o crime, ele cometeu suicídio.

De acordo com informações preliminares, o motivo do crime teria sido a descoberta de que Gabriele se relacionava com outro homem. Familiares relataram que Luciano se despediu de forma atípica da família antes do ocorrido, o que sugere que o ato foi premeditado. Vizinhos do condomínio onde o casal morava, na Baixada Fluminense, relataram ter ouvido gritos e tiros durante a madrugada, seguidos de um silêncio perturbador.

O caso de Gabriele se soma a uma estatística assustadora: em 2024, 70% dos feminicídios no Brasil foram cometidos por companheiros ou ex-companheiros, segundo dados da Rede de Observatórios de Segurança. O Rio de Janeiro, em particular, lidera os casos envolvendo agentes de segurança pública, o que levanta questões sobre a formação e o acompanhamento psicológico desses profissionais.

A morte de Gabriele é mais uma tragédia que evidencia a urgência de políticas públicas eficazes para combater a violência contra a mulher. Apesar dos avanços na legislação, como a Lei do Feminicídio (Lei 13.104/2015), que qualifica o assassinato de mulheres por razões de gênero como crime hediondo, os números continuam alarmantes. Especialistas apontam que é necessário investir em educação, conscientização e apoio às vítimas, além de fortalecer redes de proteção e garantir a aplicação efetiva das leis.

Este triste episódio serve como um alerta para a sociedade e para as autoridades. Quantas vidas precisarão ser perdidas para que ações concretas sejam tomadas? A luta contra o feminicídio e a violência de gênero deve ser uma prioridade coletiva, envolvendo governo, instituições e cidadãos.

Que Gabriele Ferreira Santos não seja apenas mais um número nas estatísticas, mas um símbolo da luta por um futuro onde mulheres possam viver sem medo. Que sua memória inspire mudanças e mobilize esforços para combater essa realidade cruel.

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