O programa oferecerá bolsas de doutorado sanduíche e de pós-doutorado no exterior para pesquisadoras negras, quilombolas, indígenas e ciganas que estejam cursando ou que tenham concluído doutorado em qualquer área de conhecimento reconhecida pela Capes.
Em homenagem à sergipana Beatriz Nascimento, uma professora e historiadora que combinou a luta antirracista com a carreira acadêmica. Participou da fundação do Grupo de Trabalho André Rebouças na Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Movimento Negro contra a Discriminação Racial (MNUCDR). Como pesquisadora, dedicou-se ao estudo dos quilombos no Brasil por 20 anos e se destacou no feminismo negro, analisando as práticas discriminatórias que afetam as mulheres negras.
Denominado Programa Atlânticas – Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, tem como principal objetivo ampliar a participação de mulheres negras, ciganas, quilombolas e indígenas na ciência. O programa também prevê auxílios para a obtenção de documentos necessários para a viagem, como passaporte e visto. Os editais serão divulgados até o final do ano.
De acordo com dados do MIR, apenas 4,9% das bolsas de doutorado sanduíche são destinadas a mulheres negras, enquanto as mulheres brancas recebem 30,9% das bolsas financiadas pelo CNPq.
Parceria: Ministério da Igualdade Racial (MIR)│Ministério das Mulheres│Ministério dos Povos Indígenas│Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq)│Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).