No dia 9 de março de 2025, o terreiro Ilê Asé Oya Osun Nidê, localizado em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, foi alvo de um incêndio criminoso que destruiu quase todo o patrimônio material do espaço religioso. Fundado no ano anterior, o terreiro seguia a tradição do Candomblé Nação Ketu e era liderado pela Iyalorixá Neila de Oya. No momento do ataque, que ocorreu por volta das 19h, o local estava vazio, evitando vítimas fatais.
O incêndio causou danos irreparáveis, consumindo utensílios, móveis, roupas de santo e equipamentos como geladeiras, fogões e uma máquina de lavar. Além das perdas materiais, a estrutura do prédio foi comprometida, com o desabamento de parte do teto e rachaduras nas paredes. A líder religiosa expressou sua incredulidade diante do ocorrido, registrando boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que investiga o caso como intolerância religiosa.
Este incidente é mais um reflexo da persistente intolerância religiosa enfrentada por comunidades de matriz africana no Brasil. Apesar de declarações e recomendações em prol do respeito às diferentes crenças, ataques como o ocorrido em Nova Iguaçu continuam a desafiar a construção de uma sociedade mais igualitária. Líderes religiosos e especialistas ressaltam a necessidade de ações rigorosas para combater tais práticas discriminatórias.
A comunidade local e frequentadores do Ilê Asé Oya Osun Nidê expressam solidariedade e apoio à Iyalorixá Neila de Oya, buscando formas de reconstruir o espaço sagrado e garantir a continuidade de suas atividades religiosas. Iniciativas de arrecadação de fundos e doações estão sendo organizadas para auxiliar na recuperação do terreiro e minimizar os prejuízos causados pelo ataque.
Imagem de capa ilustrativa
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