Adriano da Silva Pereira, morava com a mãe em Belford Roxo, mas tinha um quarto na casa do irmão de coração Mazé Mixo, em Nova Iguaçu, onde mora com a esposa Priscilla Bispo. No dia 05 de julho de 2015, sai para encontrar com amigos e não retornou. O corpo de Adriano somente foi encontrado dias depois em um rio no bairro Cabuçu, em Nova Iguaçu.
Segundo as investigações, André Luís dos Santos Vieira, conhecido como André Chupeta, se encontrou com Adriano no centro de Nova Iguaçu e o chamou para ir com mais dois amigos em uma festa. No depoimento prestado pelos dois amigos que estavam no carro, André teria flertado com Adriano durante o caminho.
Ao desembarcarem, André teria aproveitado um momento de distração de Adriano com socos e joelhadas. Antes de desmaiar, Adriano teria perguntado “O que eu fiz para você?” para seu agressor. Os amigos que acompanhavam André e Adriano, afirmaram para a polícia que teriam tentado impedir as agressões. Mas André teria continuado e com uma chave de fenda que estava no veículo, golpeou 12 vezes Adriano no pescoço e tórax enquanto gritava: “eu odeio viado!”.
O autor do assassinato do produtor cultural Adriano da Silva Pereira, de 33 anos, criminoso, conhecido como André Chupeta, confessou o crime na delegacia especializada, após ser capturado na cidade de Viçosa, em Alagoas, com o apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil do estado do Nordeste. Ele chegou ao Rio de Janeiro sob custódia da Polícia Civil no início da noite de sexta-feira.
Segundo a Polícia Civil, os agentes da DHBF chegaram até André Chupeta através de uma denúncia anônima feita por um morador de Viçosa. “A denúncia indicava o local onde o suspeito estava escondido. Embarcamos ontem (quinta-feira) e fizemos a prisão. A captura do André oferece uma resposta para a sociedade”, esclareceu o delegado titular da DHBF, Fabio Cardoso. O suspeito estava foragido desde agosto, quando teve a prisão temporária decretada pela 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.
As investigações da Divisão de Homicídios confirmaram que o motivo do crime seria homofobia. O produtor cultural estava indo para Nova Iguaçu se encontrar com amigos em uma casa noturna no centro de Nova Iguaçu. Através de imagens de câmeras de segurança obtidas pela DHBF, foi possível ver quando André e dois amigos passam de carro e em seguida abordam Adriano. “Eles estavam em um forró (na Rua Coronel Francisco Soares), o Adriano estava passando quando se conheceram e começaram a conversar. Dali eles marcaram de sair e seguiriam para uma festa em Cabuçu”, contou o delegado na época que a especializada identificou André como autor do crime. Ainda segundo o delegado, as testemunhas que estavam no carro contaram em depoimento que quando chegaram ao bairro, André desembarcou com Adriano e apesar das declarações homofóbicas que fazia normalmente, eles estariam flertando.
Ator, integrante do grupo de maracatu Tambores de Olokun, Adriano era dançarinoe trabalhava no Brechó da Dona Pavão.