Caso Ágatha Félix: PM vai a júri popular mais de cinco anos após o ocorrido

Ágatha Félix

O policial militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado de matar Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos, vai a júri popular mais de cinco anos após o ocorrido. O caso, que chocou o Brasil, aconteceu em setembro de 2019, quando Ágatha foi atingida por um tiro de fuzil enquanto estava no banco traseiro de uma Kombi, na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro.

De acordo com a investigação conduzida pela Polícia Civil, Rodrigo Soares teria confundido homens que carregavam uma esquadria de alumínio com criminosos armados, atirando contra eles. Testemunhas e a perícia apontam que um dos disparos feitos pelo cabo Soares ricocheteou em um poste e atingiu a Kombi onde Ágatha estava com sua mãe, atravessando o banco e atingindo a criança nas costas.

O Ministério Público denunciou o cabo Soares por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo a promotoria, não houve confronto armado na ocasião, e não foram identificadas outras pessoas armadas no local. A denúncia foi aceita pela Justiça em dezembro de 2019, tornando Rodrigo Soares réu. O julgamento está agendado para ocorrer na próxima sexta-feira, às 11h, no 1º Tribunal do Júri.

Esse julgamento representa um marco na luta por justiça da família de Ágatha e de movimentos de direitos humanos, que denunciam a letalidade policial e buscam a responsabilização em casos envolvendo violência contra crianças e civis inocentes em operações policiais nas comunidades.

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