Caso Vitória Regina: investigação aponta possíveis conexões entre os crimes

Corpo da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrado nesta quarta-feira (5) em uma área de mata em Cajamar — Foto Reprodução

A descoberta do corpo de Edna Oliveira Silva trouxe fatos inesperada ao caso. A idosa, residente de Cajamar, foi encontrada morta em uma cachoeira entre Cajamar e Jundiaí no dia 1º de março. Testemunhas afirmam que Edna trabalhou como babá na casa de Maicol, o que levantou a hipótese de que sua morte possa estar ligada ao assassinato de Vitória. A polícia investiga se Edna foi vítima de uma tentativa de silenciar uma possível testemunha.

A causa oficial da morte de Edna ainda está em análise, mas ela apresentava sinais de violência. A proximidade temporal entre os dois casos e a relação de Edna com a família de Maicol intensificam as investigações, que agora buscam esclarecer se os crimes estão interligados.

A hipótese de um crime planejado

A brutalidade do assassinato de Vitória, com sinais de tortura e decapitação, aponta para um crime premeditado. A polícia realizou uma perícia na casa de Maicol na noite de 10 de março, investigando se o local foi usado como cativeiro antes do descarte do corpo. A ligação com Edna, encontrada morta dias antes, reforça a possibilidade de que os crimes estejam interligados.

O delegado Luiz Carlos do Carmo, do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), afirmou que Maicol é “um dos autores” da barbárie, sugerindo a participação de mais pessoas. Além de Maicol, Gustavo Vinícius Santos e Daniel Lucas Pereira estão na mira das investigações. Ambos negam participação no crime, mas a polícia ainda busca provas concretas para confirmar ou descartar seu envolvimento.

A teoria da “queima de arquivo”

A família de Vitória acredita que o crime pode ter sido uma tentativa de “queima de arquivo”, ou seja, uma ação para eliminar evidências ou testemunhas que poderiam comprometer os envolvidos. A morte de Edna, que tinha ligação com Maicol, reforça essa teoria. A polícia investiga se a idosa foi assassinada para evitar que ela fornecesse informações cruciais sobre o caso.

O caso de Vitória: brutalidade e sinais de tortura

Vitória Regina de Souza desapareceu na noite de 26 de fevereiro, após sair do trabalho. Seu corpo foi encontrado em 5 de março, em uma área rural de Cajamar, com três facadas, sinais de tortura e decapitado. A brutalidade do crime mobilizou a Polícia Civil, que rapidamente identificou três suspeitos: Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, Gustavo Vinícius Santos, ex-namorado de Vitória, e Daniel Lucas Pereira, que teria tido um relacionamento com Gustavo.

Maicol, vizinho de Vitória, tornou-se o principal suspeito após uma série de evidências comprometedoras. Vestígios de sangue foram encontrados no porta-malas de seu Toyota Corolla, e sua esposa contradisse seu depoimento, afirmando que ele não estava em casa na noite do desaparecimento da jovem. Vizinhos também relataram ter ouvido gritos vindos de sua residência no mesmo período. Esses elementos levaram à prisão temporária de Maicol por 30 dias, enquanto a polícia investiga seu possível envolvimento no crime.

A investigação segue em andamento, e novas informações podem surgir à medida que a polícia avança nas análises periciais e nos depoimentos. O caso serve como um alerta para a necessidade de justiça e proteção, especialmente para as vítimas de violência extrema.

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