No dia 19 de janeiro, é celebrado o Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional, uma data de reconhecimento à atuação desses profissionais essenciais para a promoção da reabilitação, autonomia e inclusão de pessoas com dificuldades físicas, sensoriais e psicossociais.
A celebração tem ligação com o Decreto-Lei 938, de 13 de outubro de 1969, que regulamentou a profissão no Brasil e estabeleceu diretrizes éticas sob supervisão do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito).
A importância da Terapia Ocupacional
A Terapia Ocupacional é um campo da saúde que visa melhorar a qualidade de vida de indivíduos que enfrentam desafios motores, físicos e cognitivos, auxiliando-os a desempenhar atividades do dia a dia de forma independente. Esse suporte é essencial para diversas faixas etárias, desde crianças com dificuldades no desenvolvimento até idosos que buscam mais autonomia.
Historicamente, a prática da Terapia Ocupacional remonta à Antiguidade Clássica, quando atividades como jogos e exercícios físicos eram utilizadas no processo de cura. Atualmente, a profissão é regulamentada e exige registro no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito).
Para atuar na área, os profissionais devem possuir graduação em Terapia Ocupacional, um curso superior com duração média de quatro anos. Há também a possibilidade de formação técnica, com cursos mais curtos e focados em práticas assistenciais.
ComuniSaúde e o papel dos terapeutas ocupacionais na saúde pública
O ComuniSaúde, iniciativa da ComCausa, reforça a importância dos terapeutas ocupacionais na atenção primária e comunitária, especialmente em regiões de vulnerabilidade social, como a Baixada Fluminense. Esses profissionais desempenham um papel essencial no acompanhamento de pacientes com sequelas de doenças crônicas, transtornos do neurodesenvolvimento e dificuldades motoras, promovendo a inclusão e melhorando a interação desses indivíduos com o meio social.
A presença de terapeutas ocupacionais em projetos de saúde nas favelas, como os promovidos pelo Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, possibilita que pessoas em situação de vulnerabilidade tenham acesso a suporte especializado para melhorar sua autonomia e qualidade de vida.
Acesso à formação em Terapia Ocupacional
Para aqueles que desejam ingressar na área, o programa Educa Mais Brasil oferece bolsas de estudo de até 70% de desconto em cursos técnicos e superiores, facilitando o acesso à formação acadêmica em faculdades e escolas técnicas privadas.
O ComuniSaúde incentiva o fortalecimento da rede de terapeutas ocupacionais em comunidades e serviços de saúde pública, garantindo um atendimento mais acessível e inclusivo para todas as pessoas que necessitam desse acompanhamento especializado.
ComuniSaúde e o impacto nas favelas
O ComuniSaúde visa melhorar o acesso ao atendimento básico, promover saúde mental e fortalecer as redes comunitárias nas favelas da Baixada Fluminense. O projeto será implementado nas principais favelas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita, em colaboração com secretarias municipais de saúde e instituições locais. O envolvimento dos moradores será crucial para mapear as necessidades e garantir que a campanha atinja todos de forma inclusiva.
O lançamento da plataforma digital ComuniSaude.org.br também será parte importante do projeto, fornecendo informações detalhadas sobre os serviços de saúde disponíveis. A ComCausa também disponibilizará um número de telefone com aplicativos de mensagens para fornecer suporte durante a campanha, garantindo que a população tenha fácil acesso a orientações sobre os serviços de saúde.
Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro
Desde 2021, mais de R$ 22 milhões foram investidos em projetos de saúde nas favelas cariocas, com apoio da Lei Nº 8.972/20 e do Fundo Especial da ALERJ. Instituições renomadas como a Fiocruz , IFF, UENF, UFRJ, UERJ, PUCRJ, SBPC, Alerj e Abrasco fazem parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com o objetivo de garantir que os serviços de saúde alcancem as áreas mais necessitadas.

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