Jairinho tenta manipular a narrativa sobre a morte de Henry Borel em nova entrevista

Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho

Preso há mais de três anos, o médico e ex-vereador cassado Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, tenta mais uma vez manipular a narrativa sobre a morte trágica do menino Henry Borel, de apenas 4 anos. Acusado de assassinar o garoto em 2021 junto com sua ex-namorada, Monique Medeiros, mãe da criança, Jairinho utilizou uma entrevista à TV Record para negar as acusações e jogar dúvidas sobre a versão de Monique.

Na entrevista, conduzida pela repórter Thais Furlan, Jairinho afirmou: “Nunca, nunca. Não encostei no Henry. A verdade é que socorremos. Quem socorre quer resolver o problema. Quem quer fazer coisa errada, oculta”, buscando se desvencilhar das provas contundentes que constam nos autos do processo.

Contradições e ataques à ex-namorada

Jairinho argumentou que ele e Monique teriam recebido Henry do pai “vomitado e vomitando”, insinuando que o menino já não estaria bem quando chegou ao apartamento. Sobre a madrugada da morte, Jairinho tentou desqualificar a nova versão apresentada por Monique, que alega que ele a acordou após encontrar o menino desacordado. Segundo o ex-vereador, Monique teria mentido sob orientação de seus advogados.

“De repente, ela tá achando que falar que eu acordei primeiro vai mudar coisa, quando não muda nada. Não tem diferença nenhuma”, afirmou Jairinho, tentando minimizar as declarações da ex-companheira.

Em resposta, o advogado de Monique, Hugo Novais, rebateu as falas de Jairinho, afirmando que as versões anteriores da mãe de Henry foram forjadas para beneficiar o ex-vereador. “Ela mentiu no primeiro momento justamente para fortalecer a defesa do Jairinho. […] Foi a pessoa responsável por criar essa versão falaciosa”, declarou Novais, em referência ao primeiro advogado que atuou no caso.

Provas contra Jairinho

Os laudos de necropsia apontam de forma clara que Henry sofreu hemorragia interna e laceração hepática, causadas por violência extrema. Além disso, o menino apresentava hematomas e lesões por todo o corpo, incompatíveis com a narrativa apresentada pelo casal à época.

O caso teve ampla repercussão, e a justiça determinou que Jairinho e Monique sejam levados a júri popular. Ambos seguem presos preventivamente, mas a tentativa de Jairinho em usar a imprensa para reforçar uma nova narrativa tem sido vista como uma estratégia para confundir a opinião pública.

Manipulação e busca por inocência

Especialistas apontam que as declarações de Jairinho fazem parte de uma tentativa de desviar o foco das provas técnicas e da gravidade das acusações. Adriano Dias, jornalista e defensor de direitos humanos, destaca: “Casos como o de Henry Borel evidenciam como o poder e a influência podem ser usados para tentar reescrever histórias, mesmo diante de evidências irrefutáveis. É essencial que a sociedade continue vigilante e que a justiça prevaleça.”

Enquanto o júri popular não é realizado, a luta por justiça pelo pequeno Henry segue mobilizando familiares, amigos e a sociedade brasileira. O caso permanece como um marco de reflexão sobre o combate à violência infantil e à impunidade.

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