Prefeitura adia implementação exclusiva do Jaé e critica Fetranspor e Riocard

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou nesta quarta-feira (8) o adiamento da operação exclusiva do novo sistema de bilhetagem eletrônica, o Jaé, para 1º de julho de 2025.

A partir dessa data, os passageiros poderão utilizar apenas dinheiro ou o novo cartão para pagar as passagens nos modais municipais, incluindo ônibus, BRT, vans e VLT. Paes também criticou a Fetranspor, entidade que representa os empresários de ônibus, chamando-a de “máfia”, e afirmou que a gestão da Riocard é como se a “raposa tomasse conta do galinheiro”.

Mudança no Sistema de Bilhetagem

A implementação do Jaé, que substituirá o atual sistema RioCard, foi inicialmente prevista para fevereiro de 2024, mas foi adiada devido a desafios na integração com os modais estaduais, como metrô, trens e barcas. A nova data de lançamento está marcada para 1º de julho de 2025. Até lá, os passageiros poderão continuar utilizando o RioCard nos transportes municipais.

Críticas à Fetranspor e Riocard

Durante a coletiva, o prefeito Eduardo Paes criticou a Fetranspor, entidade que representa os empresários de ônibus, chamando-a de “máfia”. Ele também afirmou que a gestão da Riocard é como se a “raposa tomasse conta do galinheiro”, sugerindo um conflito de interesses na administração do sistema de bilhetagem atual.

Integração com Modais Estaduais

Um dos principais desafios para a implementação do Jaé é a integração com os modais de transporte sob responsabilidade do governo estadual, como metrô, trens e barcas. O secretário estadual de Transportes, Washington Reis, afirmou que não será possível integrar o bilhete único ao Jaé até fevereiro de 2025. A proposta é licitar uma nova bilhetagem que será integrada ao sistema da prefeitura.

Aquisição do Jaé pela Autopass

Em janeiro de 2025, foi anunciado que a Autopass, empresa especializada em soluções de mobilidade urbana, está adquirindo o Jaé. Essa aquisição visa aprimorar a gestão do sistema de bilhetagem e facilitar a transição para o novo modelo.

Impacto para os Passageiros

A transição para o Jaé promete modernizar o sistema de bilhetagem, oferecendo maior transparência e eficiência na gestão dos recursos destinados ao transporte público. No entanto, a falta de integração com os modais estaduais pode resultar em custos adicionais para os passageiros que utilizam diferentes meios de transporte. Um levantamento indicou que, sem a integração, o trabalhador pode ter de desembolsar mensalmente de R$ 126 a R$ 162 a mais, dependendo dos modais utilizados.

A implementação do Jaé representa um passo significativo na modernização do transporte público do Rio de Janeiro, embora desafios relacionados à integração e à resistência de alguns setores ainda precisem ser superados.

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