A Justiça do Rio de Janeiro determinou a soltura do universitário Igor Melo de Carvalho e do motociclista de aplicativo Thiago Marques Gonçalves, que haviam sido presos sob acusação de assalto após serem alvejados por um policial militar da reserva. A decisão foi tomada durante a audiência de custódia, na qual a juíza responsável pelo caso afirmou que os indícios contra os acusados estavam “totalmente esvaziados”. O caso foi encaminhado para a Promotoria e para a Corregedoria da Polícia Militar.
O incidente ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro, na Penha, zona norte do Rio. Igor Melo, que voltava do trabalho na garupa da moto de Thiago Marques, foi baleado pelo PM da reserva, que alegou ter suspeitado da dupla. A esposa do policial também declarou que acreditava se tratar de criminosos. No entanto, a investigação revelou que não havia qualquer evidência de que os dois estivessem cometendo um crime.
Na audiência de custódia, a juíza ressaltou que todas as informações disponíveis apontam que o PM e sua esposa se confundiram ao acusar os jovens. O universitário e o motociclista permaneceram presos até a análise do caso, mas foram liberados após a decisão judicial. A magistrada destacou que a abordagem violenta e o erro de interpretação devem ser apurados com rigor pelas autoridades.
O caso agora será investigado pelo Ministério Público e pela Corregedoria da Polícia Militar, que devem apurar a conduta do policial e as circunstâncias da abordagem. Familiares das vítimas e movimentos sociais cobram justiça e responsabilização pelo ocorrido, ressaltando os riscos de abordagens violentas baseadas em suposições equivocadas.
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